Nós já mostramos pra vocês aqui no blog os melhores museus dos Estados Unidos e da Europa. Hoje vamos para um lugar ainda mais distante: a Ásia, um continente culturalmente riquíssimo e cheio de museus incríveis. Mas quais são, de fato, os melhores museus da Ásia?
Nós fomos atrás dessa resposta e olha... foi difícil escolher! Alguns países, como a China e o Japão, sozinhos, já contam com lugares suficientes para preencher uma lista inteira de melhores museus da Ásia. Mas para ficar mais justo, escolhemos apenas um museu por país.
A Ásia é um continente enorme com diversos países, então naturalmente não dava pra colocar todos eles aqui. Portanto nós escolhemos os museus de alguns dos principais países da região, e deixamos de fora museus localizados em países transcontinentais, como a Rússia e a Turquia.
Quais são os melhores museus da Ásia?
1. Museu Nacional da China
O Museu Nacional da China, localizado em Pequim, é o mais visitado da Ásia e segundo mais visitado do mundo, tendo recebido quase 7,9 milhões de visitantes em 2019, último ano antes do início da pandemia.
Intercâmbio na China: o que saber antes de ir?
Este museu, que fica na famosa Praça da Paz Celestial, apresenta peças representativas de grande parte da história chinesa, começando com 1,7 milhão de anos atrás e indo até o final da Dinastia Qing, em 1912.
Museu Nacional da China (Foto/Pixabay)
Possui mais de 1 milhão de artefatos, muitos dos quais são extremamente raros ou até mesmo únicos no mundo. É também um dos maiores museus do planeta, com 48 salas de exposições espalhadas por uma área de 65 mil metros quadrados.
Entre os itens mais importantes deste museu estão o Houmuwuda da Dinastia Xangue (a peça de bronze mais pesada do mundo, com 832,84 kg); o zun de bronze da Dinastia Xangue decorado com quatro cabeças de ovelha; um grande e raro reservatório de água de bronze da Dinastia Choul; uma talha de bronze incrustada em ouro na forma de um tigre, da Dinastia Chin; ternos fúnebres de jade da Dinastia Han costurados com fio de ouro; uma coleção de sancai esmaltado tricolor da Dinastia Tang; e cerâmicas da Dinastia Song.
2. Museu do Palácio Nacional - Taiwan
O Museu do Palácio Nacional em Taipei, capital de Taiwan, é o sexto mais visitado do continente asiático e foi fundado em 1925. É conhecido principalmente por hospedar uma coleção significativa (são quase 700 mil peças!) de objetos e obras de arte imperiais chinesas.
A coleção do Museu do Palácio Nacional abrange 8 mil anos de história da arte chinesa desde o período neolítico até o período moderno. Uma curiosidade bem interessante é que este museu compartilha suas raízes com o Museu do Palácio da Cidade Proibida, em Pequim.
Museu do Palácio Nacional (Foto: © CEphoto, Uwe Aranas)
A história é meio confusa mas basicamente o Museu do Palácio Nacional foi estabelecido primeiramente na capital chinesa em 1925, mas teve que evacuar boa parte de suas peças com o advento da invasão japonesa em território chinês. Como resultado, em 1933 diversos objetos do museu foram transferidos para Xangai, também na China. Já em 1936 eles foram realocados para a cidade de Nanquim e, de lá, para outras localidades, sempre com o objetivo de se distanciarem o máximo possível da ameaça japonesa.
Com o fim da Segunda Guerra, a Guerra Civil Chinesa foi retomada, e aí o então general Chiang Kai-shek tomou a decisão de evacuar todas as peças mais uma vez, só que dessa vez para Taiwan. Muitas peças de fato foram evacuadas, mas o exército comunista chinês conseguiu se apossar de parte delas. E é por isso que hoje a coleção está dividida entre esses dois lugares.
3. Museu Nacional da Coreia - Coreia do Sul
O Museu Nacional da Coreia é o sexto maior do mundo em termos de área útil, cobrindo mais de 295 mil metros quadrados. Suas origens remontam a 1945, mas começou suas operações no novo edifício apenas em 2005.
Este museu guarda a coleção de história e arte mais significativa da Coreia do Sul, com um acervo de quase 310 mil peças. Desse total, cerca de 15 mil estão em exibição. As seis galerias de exposições permanentes deste museu cobrem desde a pré-história e história antiga, até a história medieval e o início da modernidade. Por lá os visitantes encontram pinturas, esculturas, caligrafias e muito mais.
Intercâmbio na Coreia do Sul: o que saber antes de ir
Na coleção deste museu estão alguns dos maiores tesouros nacionais da Coreia, como um pagode de dez andares do Templo Gyeongcheonsa construído em 1348; uma coroa de ouro do século V pertencente ao antigo Reino Silla; e um incensário do século XII.
4. Museu Nacional de Tóquio - Japão
O Museu Nacional de Tóquio fica localizado no Parque Ueno, um dos principais focos culturais da capital japonesa. Por lá, além deste museu, também estão a Galeria Metropolitana de Arte de Tóquio, o Museu Oriental, o Museu Nacional de Ciências, o Museu Nacional de Arte Ocidental e o Museu Shitamachi.
As origens do Museu Nacional de Tóquio, que é o maior e mais antigo do Japão, remontam à Exposição Yushima Seido, originalmente organizada pelo Ministério da Educação do Japão em 1872.
Galeria Japonesa do Museu Nacional de Tóquio (Foto/Wikipedia)
Atualmente é conhecido por sua coleção de obras de arte e objetos culturais de toda a Ásia, com destaque especial para o acervo de arte japonesa antiga e medieval. No total são 110 mil objetos, sendo que 87 deles pertencem a lista do Tesouro Nacional Japonês.
Este museu na verdade é dividido em cinco edifícios principais, sendo que cada um deles é focado em um aspecto diferente da arte. Um dos principais edifícios é a Galeria Japonesa, que é formada por 24 salas e concentra uma grande coleção de esculturas, espadas e peças de cerâmica que datam de 10.000 A.C. até o final do século XIX.
5. Museu do Genocídio Tuol Sleng - Camboja
Na capital do Camboja, Phnom Penh, o Tuol Sleng é um museu dedicado à preservação da memória de um dos acontecimentos históricos mais trágicos do mundo: o assassinato em massa de cerca de 25% da população do Camboja, que aconteceu entre os anos de 1975 e 1979 sob a liderança do ditador Pol Pot.
O local que hoje abriga o museu era uma escola que foi transformada em uma unidade de aprisionamento e interrogatório. Por lá, milhares de pessoas foram torturadas e assassinadas. As estimativas oficiais apontam que entre 17 e 24 mil pessoas passaram pela prisão. Dessas, apenas 12 sobreviveram. Um desses sobreviventes é o artista Vann Nath que, durante o período de prisão, pintou diversos quadros que hoje estão expostos no museu.
Uma das obras mais famosas e impactantes do Tuol Sleng foi a peça “Mapa de Ossos”, um enorme mapa do Camboja formado por ossos e 300 crânios encontrados pela ofensiva militar vietnamita após a queda de Pol Pot. Hoje em dia o mapa foi desmontado, mas o ossos continuam em exibição.
6. Museu Nacional de Singapura - Singapura
Criado em 1849, o Museu Nacional de Singapura é o mais antigo dessa cidade-estado e um dos quatro museus nacionais do país. Seu acervo inclui artefatos preciosos como a Pedra de Singapura, um fragmento de uma grande laje de arenito com uma inscrição ainda não decifrada. Pesquisadores afirmam que essa pedra remonta a algum período localizado entre os séculos X e XIII.
Museu Nacional de Singapura (Foto/Marcin Konsek)
Outras peças importantes são os Ornamentos de Ouro da Colina Sagrada de Java Oriental; o testamento do escritor Munshi Abdullah; o carro funerário do comerciante e filantropo Tan Jiak Kim; o retrato de Shenton Thomas, ex-governador de Singapura; e os desenhos de animais e plantas de autores desconhecidos que foram coletados por William Farquhar, um funcionário da Companhia Britânica das Índias Orientais que foi o primeiro representante de governo na até então colônia de Singapura.
7. Museu Nacional de Bangkok - Tailândia
Criado em 1874, o Museu Nacional de Bangkok, localizado na capital tailandesa, é um dos maiores museus do Sudeste Asiático. Fica localizado em um antigo palácio real e apresenta exposições de arte e história tailandesa que remetem desde o período neolítico até o período moderno.
Além da sua grande coleção de artefatos tailandeses, incluindo estátuas, arte decorativa e vestuários, este museu também exibe importantes coleções de arte budistas e asiáticas de países como Índia, Camboja, China, Indonésia e Vietnã.
8. Museu Indiano - Índia
O Museu Indiano, localizado em Calcutá, é o nono museu mais antigo do mundo e conta com um impressionante acervo de mais de 100 mil peças que inclui desde múmias egípcias até armaduras, esculturas antigas, fósseis e pinturas do Império Mogol.
Pátio interno do Museu Indiano (Foto/Vyacheslav Argenberg)
É dividido em seis seções (arte indiana, arqueologia, antropologia, geologia, zoologia e botânica econômica) que compreendem trinta e cinco galerias de artefatos culturais e científicos. As seções de arqueologia e arte indiana, em particular, abrigam uma coleção de importância internacional.
9. Museu de Arte de Hong Kong
O principal museu de arte de Hong Kong foi criado em 1962 e conta com uma coleção de 16 mil objetos, com um destaque especial para milhares de pinturas, esculturas e caligrafias que ajudam a contar a história de Hong Kong e da China continental. Além de sua coleção permanente, este museu também expõe objetos e exposições em parcerias com importantes museus do mundo inteiro.
10. Museu Nacional do Catar
O Museu Nacional do Catar, localizado na capital Doha, é um dos mais novos nessa lista de melhores museus da Ásia, tendo sido fundado apenas em 2019. Ele foi construído no terreno onde antes existia um outro museu de mesmo nome criado em 1975.
O prédio deste museu, por si só, já é uma atração completa, com um design inovador inspirado no cristal rosa do deserto, uma flor que pode ser encontrada no deserto do Catar.
Museu Nacional do Catar (Foto: Arend Kuester/Flickr)
As galerias do museu, dispostas em ordem cronológica, abordam três temas principais e inter-relacionados: a história natural do deserto e do Golfo Pérsico; as guerras tribais e o estabelecimento do estado do Catar; e a descoberta do petróleo e as consequências disso para o presente do país.
Com o objetivo de celebrar a história, a cultura e o futuro do Catar, este museu tem aproximadamente 8 mil objetos, incluindo artefatos arqueológicos, elementos arquitetônicos, trajes, artes decorativas, objetos domésticos, joias, livros e documentos históricos.
11. Museu de Hanói - Vietnam
Fundado em 2010 em comemoração ao Milênio de Hanói, a capital do Vietnam, o Museu de Hanói tem uma arquitetura que lembra uma pirâmide invertida e exibe artefatos de todo o período histórico da cidade e também do país. Ao todo, são mais de 50 mil objetos espalhados por uma área de quase 54 mil metros quadrados.
12. Louvre Abu Dhabi - Emirados Árabes Unidos
Você não leu errado, os Emirados Árabes Unidos tem o seu próprio Louvre! Criado a partir de uma parceria entre o país árabe e a França, o Louvre Abu Dhabi tem a autorização do Louvre original e inclusive expõe algumas peças emprestadas pelo museu mais famoso do mundo.
Mas o museu também adquiriu importantes obras para a sua coleção permanente, incluindo importantes quadros dos pintores Édouard Manet, Abel Grimmer, Jean-Auguste-Dominique Ingres, Jean-François de Troy, Gustave Caillebotte, Paul Gauguin e Bartolomé Esteban Murillo.
Louvre Abu Dhabi (Foto: voyageway.com)
Abu Dhabi, embora não muito conhecida, é a capital dos Emirados Árabes. Portanto, este museu não fica em Dubai, que geralmente é o principal destino de visitantes estrangeiros no país. A distância entre as duas cidades é de cerca de 150 quilômetros.
13. Museu de Israel
Fundado em 1965 na cidade de Jurusalém, o Museu de Israel é o principal do país. É um dos mais importantes museus do mundo em arqueologia bíblica, abrigando peças originárias da Oceania, América e África.
O seu acervo inclui as coleções arqueológicas mais abrangentes do mundo referentes à Terra Santa e arte e vida judáica. Já no campos das Belas Artes, conta com importantes coleções em arte israelense e de todos os outros continentes, além de fotografias, desenhos e peças de arquitetura e design.
Entre as peças mais importantes do Museu de Israel estão a Vênus de Berekhat Ram; os móveis de uma sinagoga do Suriname que remetem ao ano de 1736; colares usados por noivas judias no Iêmen; um nicho de oração islâmica em mosaico da Pérsia do século XVII; e um prego atestando a prática da crucificação no tempo de Jesus.
O Santuário do Livro, uma construção em forma de urna no terreno do museu, abriga os Manuscritos do Mar Morto encontrados nos anos 40 e 50 do século passado e artefatos descobertos em Massada, uma fortaleza natural situada no litoral sudoeste do Mar Morto.
14. Museu Nacional da Indonésia
Localizado no centro de Jacarta, a capital do país, o Museu Nacional da Indonésia é popularmente conhecido como "Museu do Elefante", por conta de uma estátua do animal fincada em sua entrada principal.
Museu Nacional da Indonésia (Foto/© CEphoto, Uwe Aranas)
Com uma coleção de cerca de 141 mil objetos, é conhecido como um dos melhores museus do Sudeste Asiático, e conta com uma diversidade enorme de peças que vão desde artefatos pré-históricos a coleções de arqueologia, cerâmica, etnografia, história, geografia e numismática. Um dos seus maiores destaques são as coleções de estátuas de pedra do período hindu-budista das ilhas de Java e Sumatra.
15. Museu Nacional - Malásia
Aberto em 1963, o Museu Nacional da Malásia, em Kuala Lumpur, tem um acervo que oferece uma visão geral da história e cultura malaia. E tudo começa já na sua fachada, que mistura elementos malaios tradicionais com características modernas.
Dividido em uma estrutura de três andares, o museu abriga quatro galerias principais destinadas à etnologia e à história natural. As exibições variam de quadros independentes a instrumentos musicais, armas tradicioanis, cerâmicas, escultura e espécimes de fauna e flora.
O andar térreo mostra a história geográfica e natural da península malaia, começando com a Idade da Pedra, Idade do Bronze e Idade do Ferro, desde reinos hindu-budistas até o Sultanato de Malaca. Já o segundo andar é dedicado à história colonial que conduziu o país até sua independência.
A UDI te ajuda a estudar na Ásia
A melhor forma de poder visitar todos os melhores museus da Ásia, ou pelo menos parte deles, é passando um bom tempo por lá e fazer tudo com calma. E quer melhor alternativa pra isso do que estudar em uma universidade do continente e fazer essas visitas durante as férias e feriados?
Para ter boas chances de ser aceito nas universidades asiáticas, o segredo é começar a se preparar desde já. E que tal fazer isso com a nossa ajuda? Baixe agora mesmo os nossos e-books Como Aprender Inglês Mais Rápido! (sim, você só precisa do inglês para estudar em várias universidades da Ásia!) e Como conquistar uma bolsa de estudos fora do Brasil.