5 melhores boarding schools do Reino Unido

No Brasil não é muito comum encontrar escolas em tempo integral, muito menos colégios internos, nos quais os alunos moram na escola durante os dias letivos. Mas a prática de colocar os filhos em internatos é muito comum nos Estados Unidos e na Europa. Por lá, essas instituições são chamadas de boarding schools.

No velho continente, elas funcionam de forma muito parecida com a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, das histórias de Harry Potter. Assim como acontece em Hogwarts, as boarding schools atendem turmas pequenas, com alunos entre 11 e 18 anos que fazem todas as refeições juntos, dormem na escola e só vão para casa nos períodos de férias.

Na vida real, existem diversos colégios como esse na Grã Bretanha. Essas escolas são muito bem avaliadas e preparam seus alunos para as melhores universidades do país e do mundo. Hoje você vai conhecer quais são as melhores boarding schools do Reino Unido.

Quais são as melhores boarding schools do Reino Unido?

Neste texto, separamos as melhores boarding schools com base no percentual que seus alunos tiveram de A-levels. Essa é a nota máxima que se pode tirar nas provas do General Certificate of Secondary Education, ou Certificado Geral do Ensino Médio. Esse exame do Reino Unido também é usado para avaliar a qualidade das escolas e se compara ao nosso ENEM.

Wycombe Abbey School

O primeiro lugar da lista é uma boarding school exclusiva para meninas. A escola foi fundada em 1896, mas seu prédio existe desde o século XIII, quando era uma abadia católica. O terreno fica na cidade de High Wycombe no condado de Buckinghamshire e tem aproximadamente 700 mil metros quadrados.

(foto: Geograph)

No total, são 600 alunas entre 11 e 18 anos. As estudantes são divididas em casas, representadas por cores. As casas de Wycombe são: Airlie, Barry, Butler, Campbell, Cloister, Pitt, Rubens, Shelburne e Wendover e funcionam como dormitórios para abrigar as meninas que vivem lá entre os 12 e os 16 anos. As mais novas (11 anos) ficam na Junior House, como uma forma de adaptação à escola; e as mais velhas (17 e 18 anos) ficam na Clarence House para se prepararem melhor para a universidade.

Aliás, preparação para a universidade é um dos pontos fortes de Wycombe. Em 2020 a escola conquistou uma taxa de 98,7% de A-levels.  As alunas desta boarding school costumam ingressar em Oxford e Cambridge. Entre suas ex-alunas estão escritoras, jornalistas, cantoras, cientistas e ativistas sociais.

St Mary's School - Ascot

Em segundo lugar, com 98% de notas A-level em 2020, está a St. Mary’s School. Essa escola também é exclusiva para meninas e aceita 60 novas alunas por ano nas idades de 11, 13 e 16 anos. Ou seja, não é possível entrar na St. Mary’s em qualquer série, mas apenas no 7º, 9º e 12º ano.

(foto: St.Marry's School Ascot/Divulgação)

O processo de entrada é bastante rigoroso, podendo levar dois anos. As meninas interessadas passam por provas, entrevistas e têm que levar registros acadêmicos de suas escolas atuais. Ao todo, são 360 alunas entre 11 e 18 anos. A grande maioria delas mora na escola, mas cerca de 20 alunas frequentam a St. Mary’s como uma escola regular, apenas durante o dia.

Assim como Wycombe, a St. Mary’s school é muito tradicional. Ela surgiu no século XVI como um convento das freiras da congregação de Nossa Senhora de Loreto. Até hoje, 98% das estudantes são católicas. Apesar disso, a escola promete manter tanto a tradição quanto a mente aberta.

Cheltenham Ladies' College

Cheltenham também é uma escola exclusiva para mulheres. Sua principal diferença para as outras duas é que o colégio não tem tradições religiosas e sim com o ativismo. A sufragista Dorothea Beale criou uma escola para meninas aventureiras e brilhantes em 1858. Hoje, o lugar conta com um centro de artes, um teatro para 300 pessoas e uma galeria.

(foto: Cheltenham Ladies' College/Wikimedia Commons)

Ao todo, 850 meninas estudam em Cheltenham, entre alunas de internato e da escola regular (que são minoria). A escola valoriza o esporte, o teatro e a música. Um dos pontos que destaca é sua abertura para atividades dentro e fora da sala de aula.

Os pais podem matricular suas filhas no 7º, 8º, 9º ou 12º ano. A escola é conhecida por aceitar alunos estrangeiros e por seu alto desempenho acadêmico. Em 2020, Cheltenham obteve uma média de 97,2% de A-levels.

Eton College

A quarta melhor boarding school do Reino Unido é a Eton College. Em 2020, a escola exclusiva para meninos conquistou 96,5% de A-levels. No total, são 1288 alunos matriculados em Eton, com idades que variam entre 13 e 18 anos.

Essa é uma das escolas mais antigas desta lista e do mundo. Eton College foi fundada em 1440 pelo rei Henry IV, da Inglaterra. A sua intenção era dar educação para 70 alunos carentes, mas, por muitos anos, Eton foi uma escola de elite.

(foto: Wikimedia Commons)

Passaram por lá 18 primeiros-ministros da Inglaterra, além de vários membros da realeza, incluindo os príncipes William e Harry. Até algum tempo atrás, quem quisesse estudar em Eton tinha que ser matriculado ao nascer pelos pais. Hoje, por outro lado, a escola tem feito um esforço para atender meninos de várias origens, dando mais valor ao nível acadêmico dos estudantes.

Para ingressar na Eton College aos 13 anos, é preciso fazer uma série de provas para receber uma pré-confirmação quando se tem entre 9 e 10 anos. Mais próximo ao seu ingresso serão feitos novos exames e, se aprovado, o sortudo passa a ser um dos 260 meninos que se matriculam por lá anualmente.

Brighton College

A quinta melhor boarding school do Reino Unido é Brighton College. Em 2020, a média de A-levels de lá foi de 96%. Essa é a única escola nesta lista que aceita tanto meninos quanto meninas em idades entre 11 e 18 anos.

(foto: Antiquary/Wikimedia Commons)

Com o foco em tornar seus alunos melhores cidadãos globais, Brighton foi uma das primeiras escolas a introduzir uniformes e banheiros neutros, que servem tanto para meninas quanto para meninos que fazem parte dos seus 710 alunos.

Outro diferencial da escola fundada em 1845 é que no 7º ano, quando os alunos ingressam em Brighton, a escola não é um internato. Essa modalidade só começa no 8º ano. A inovação faz parte da mentalidade da escola, que foi a primeira a introduzir o mandarim como disciplina obrigatória a partir dos 13 anos em 2006.

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