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Como funcionam as cartas de recomendação para pós-graduação fora

Tempo de leitura: 10 minutos

Fazer uma pós-graduação fora do país é um sonho que exige planejamento e atenção aos detalhes — e um dos mais importantes é a carta de recomendação.

Esse documento, muitas vezes decisivo no processo de seleção, serve para mostrar às universidades quem você é através do olhar de alguém que já trabalhou ou estudou com você.

Mas afinal, quem deve escrever essa carta? O que ela precisa conter? E como garantir que ela realmente destaque seu potencial acadêmico e profissional?

Neste artigo, você vai entender como funcionam as cartas de recomendação para pós-graduação no exterior e descobrir dicas práticas para conquistar textos fortes e autênticos que aumentam suas chances de aprovação.

O que você vai aprender:

  • O que são cartas de recomendação e por que são tão importantes nas candidaturas internacionais.
  • Diferenças entre recomendações acadêmicas e profissionais.
  • Quem deve escrever suas cartas e como escolher o melhor recomendante.
  • Estrutura e conteúdo de uma boa carta de recomendação.
  • Como solicitar uma carta sem constrangimentos e com eficiência.
  • Dicas práticas para garantir que suas cartas destaquem seus pontos fortes.

O que é uma carta de recomendação e por que ela é importante

As cartas de recomendação (ou letters of recommendation) são documentos escritos por pessoas que conhecem bem seu desempenho acadêmico ou profissional e podem atestar suas competências, comportamento e potencial. Elas são fundamentais para programas de pós-graduação no exterior, especialmente em países como EUA, Canadá, Reino Unido, Holanda e Austrália.

O objetivo é dar à universidade uma visão externa e confiável sobre quem você é — não apenas notas e prêmios, mas também como você trabalha em equipe, lida com desafios e contribui para o ambiente acadêmico.

Em muitas universidades, as cartas podem definir o desempate entre candidatos com notas e currículos semelhantes. É por isso que elas merecem atenção especial.

Tipos de cartas de recomendação

Existem dois principais tipos de cartas solicitadas em candidaturas de pós-graduação:

  1. Acadêmica — escrita por professores, orientadores ou coordenadores que acompanharam seu desempenho como aluno.

    • É o tipo mais comum para mestrados e doutorados acadêmicos.

    • Deve abordar aspectos como sua capacidade de pesquisa, raciocínio crítico, participação em projetos e potencial acadêmico.

  2. Profissional — escrita por supervisores, gestores ou colegas de trabalho.

    • É exigida principalmente em mestrados profissionais ou MBAs.

    • Enfatiza liderança, responsabilidade, trabalho em equipe, tomada de decisão e resultados alcançados.

Alguns programas pedem ambos os tipos, especialmente quando a formação acadêmica e a experiência profissional têm peso semelhante.

Quantas cartas são necessárias

A maioria dos programas pede duas a três cartas. Algumas universidades especificam quem deve escrever cada uma (por exemplo, “duas acadêmicas e uma profissional”). Sempre leia atentamente as instruções do edital do curso ou do portal da universidade.

Quem deve escrever sua carta de recomendação

O principal critério é credibilidade + proximidade. O recomendante precisa ter autoridade no campo e conhecer seu trabalho o suficiente para escrever um texto autêntico e detalhado.

Boas opções incluem:

  • Orientadores de TCC, iniciação científica ou projetos de pesquisa.

  • Professores de disciplinas-chave relacionadas ao curso que você quer cursar.

  • Supervisores de estágio ou trabalho.

  • Coordenadores de curso ou diretores de área que acompanharam sua trajetória.

Evite:

  • Pessoas que não conhecem bem seu trabalho (mesmo que tenham cargos altos).

  • Amigos ou familiares (mesmo que sejam profissionais respeitados).

  • Recomendações genéricas ou copiadas de modelos prontos.

O mais importante é que o texto soe pessoal e convincente, mostrando que o autor realmente trabalhou com você e sabe de suas qualidades.

Estrutura ideal de uma carta de recomendação

Embora cada recomendante tenha liberdade de escrita, as cartas mais fortes costumam seguir uma estrutura parecida:

  1. Introdução (1 parágrafo)

    • Identificação do recomendante (cargo, instituição, relação com o candidato).

    • Contexto de como conheceu o candidato e há quanto tempo o acompanha.

  2. Corpo (2–3 parágrafos)

    • Exemplos concretos das habilidades, conquistas e atitudes do candidato.

    • Comparações com outros alunos ou profissionais (“entre os 10% melhores alunos que já orientei”).

    • Ênfase em qualidades que se encaixam no curso desejado: pensamento crítico, curiosidade, responsabilidade, ética, criatividade etc.

  3. Conclusão (1 parágrafo)

    • Reafirmação da recomendação.

    • Disponibilidade para fornecer mais informações (com e-mail e assinatura institucional).

Dica: recomendações fortes sempre trazem exemplos específicos, não apenas elogios genéricos como “dedicado” ou “trabalhador”.

O que não pode faltar na carta

  • Informações de contato e cargo do recomendante.

  • Detalhes concretos de convivência e desempenho.

  • Conexão direta com o curso e a área de interesse.

  • Assinatura oficial e papel timbrado (quando possível).

  • Tom formal e positivo.

Como pedir uma carta de recomendação

Muitos candidatos sentem vergonha ou insegurança para pedir cartas — mas é algo absolutamente normal. Veja como fazer de forma respeitosa e estratégica:

  1. Peça com antecedência: idealmente 4 a 6 semanas antes do prazo de envio.

  2. Escolha o momento certo: envie um e-mail educado, lembrando o contexto do curso e por que acredita que aquela pessoa pode escrever uma boa carta.

  3. Facilite o trabalho: envie seu currículo atualizado, rascunho do Statement of Purpose e uma lista de pontos que gostaria que fossem mencionados.

  4. Agradeça e mantenha contato: depois de enviada, envie um e-mail de agradecimento genuíno.

Exemplo de mensagem inicial:

“Olá, professora [nome], tudo bem? Estou me candidatando ao mestrado em [área] na [universidade] e pensei na senhora como possível recomendante, já que acompanhei seu curso de [disciplina] e desenvolvi [projeto X]. Poderia escrever uma carta destacando minha dedicação e habilidades analíticas? Posso enviar mais informações sobre o programa para facilitar.”

Esse tipo de mensagem é simples, respeitosa e ajuda o recomendante a personalizar a carta.

Como as cartas são enviadas

A maioria das universidades internacionais usa sistemas online, como o CommonApp, ApplyWeb ou portais próprios. O candidato cadastra o e-mail dos recomendantes, e o sistema envia um link direto para o envio da carta — ou para o preenchimento de um formulário.

Importante: nunca envie você mesmo a carta, a menos que a universidade permita. O envio direto pelo recomendante dá mais credibilidade e evita suspeitas de manipulação.

Dicas para garantir cartas fortes

  • Peça a pessoas que realmente conhecem sua trajetória.

  • Ofereça exemplos concretos do seu trabalho para ajudar o autor.

  • Varie o foco das cartas (uma sobre pesquisa, outra sobre liderança, por exemplo).

  • Evite textos genéricos — autenticidade pesa mais do que linguagem rebuscada.

  • Revise prazos e certifique-se de que todas as cartas foram enviadas corretamente.

Como avaliar se suas cartas estão boas

Mesmo que você não leia o conteúdo (algumas universidades proíbem), observe sinais indiretos:

  • O recomendante aceitou prontamente e mostrou entusiasmo.

  • Pediu seu currículo e informações sobre o curso (sinal de comprometimento).

  • Cumpriu o prazo e confirmou o envio.

Esses indícios geralmente apontam que a carta foi escrita com cuidado.

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Equipe Universidade do Intercâmbio
AUTOR
13 Out 2025

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