Se você deseja uma experiência gratificante, desafiadora e memorável no exterior, por que não estudar no Japão? Com sua combinação única de tradição cultural e inovação tecnológica, o país é uma das regiões mais fascinantes do mundo. Mas como, de fato, fazer um intercâmbio por lá? É isso que você vai descobrir agora!
Como estudar no Japão?
Se você deseja fazer um curso de graduação ou mestrado no Japão, deve primeiro dar uma olhada nas etapas de inscrição da universidade. Com algumas exceções, elas são semelhantes ao que você normalmente espera de qualquer instituição de ensino superior internacional. Confira os principais passos:
1. Encontre uma universidade japonesa para se inscrever
O Japão é lar de algumas das melhores universidades do mundo. Reunimos mais à frente algumas delas, para que você possa conhecer e escolher o seu destino. Esse primeiro passo é muito importante, pois é o que vai ditar todo o restante da sua preparação para estudar no Japão, uma vez que as universidades têm processos de aplicação únicos, que variam nos prazos e nos requisitos.
2. Saiba onde enviar sua inscrição para a universidade
Não existe uma plataforma de inscrição on-line unificada para as universidades japonesas, o que significa que os estudantes internacionais precisam visitar os sites das instituições de sua preferência para enviar a sua aplicação.
3. Atenda aos requisitos de entrada na universidade
Estes são alguns dos documentos mais comuns que os alunos precisam enviar durante a inscrição para uma universidade japonesa:
- Formulário de inscrição preenchido;
- Prova de pagamento da taxa de inscrição (se necessário);
- Diploma do ensino médio (para se candidatar à graduação);
- Diploma de bacharel (para se candidatar a um mestrado);
- Histórico escolar;
- Foto(s) tamanho passaporte;
- Cópia do passaporte válido e/ou documento de identidade;
- Carta de motivação;
- Carta de recomendação;
- Personal statement.
Dependendo do programa de estudos escolhido, a universidade pode solicitar documentos adicionais. Lembre-se de que esses documentos precisam ser traduzidos para o japonês ou inglês antes de serem enviados.
Exame para admissão em universidade japonesa para estudantes internacionais
Muitas universidades japonesas usam o Exame para Admissão em Universidade Japonesa para Estudantes Internacionais (conhecido pela sigla “EJU”) para determinar se um estudante internacional possui as habilidades acadêmicas e da língua japonesa necessárias para se inscrever em um de seus programas de graduação (bacharelado).
O EJU avalia 4 tópicos:
- Japonês como língua estrangeira;
- Ciências (Física básica, Química, Biologia);
- Japão e o mundo (habilidades básicas em artes liberais, pensamento crítico e habilidades lógicas);
- Matemática (habilidades básicas em Matemática).
4. Descubra mais sobre os requisitos de idioma
Para estudar no Japão, você precisa provar tanto seu inglês quanto seu japonês. Isso é determinado por cada universidade individualmente. Para proficiência em inglês, você pode enviar os resultados dos seguintes testes:
- TOEFL iBT;
- IELTS Acadêmico;
- PTE Acadêmico.
Para provar sua proficiência em japonês, você precisa ser aprovado no Teste de Proficiência em Língua Japonesa (JLPT).
5. Inscreva-se antes do prazo
As universidades japonesas têm prazos de inscrição diferentes, dependendo do sistema que usam. O site oficial da universidade é o melhor lugar para saber mais sobre essas datas importantes. Para te dar uma ideia geral, aqui estão alguns exemplos:
Para universidades com dois períodos de admissão (hemisfério norte):
- Prazo de inscrição para a entrada da primavera: novembro;
- Prazo de inscrição para a entrada de outono: abril;
Para universidades com três períodos de admissão
- Prazo de inscrição para a entrada da primavera: outubro/novembro;
- Prazo de inscrição para a entrada de verão: fevereiro/abril;
- Prazo de inscrição para a entrada de outono: junho/julho.
A seguir, você confere um plano de ação completo para depois que você receber a sua carta de aceitação em uma universidade japonesa.
Plano de ação para estudar no Japão
1. Solicite seu visto
Para programas que se estendem por mais de 90 dias, você precisa solicitar um visto de estudante. A primeira etapa é solicitar um Certificado de Elegibilidade (“COE”, na sigla em inglês) por meio da sua universidade. Esse processo pode levar de dois a três meses, portanto, planeje com antecedência.
Depois de receber seu COE, entre em contato com a embaixada ou com um consulado japonês. Contanto que todas as suas informações estejam corretas, em pouco tempo você deve receber o seu visto.
2. Reserve seu voo
Ao contrário da crença popular, não é impossível encontrar um voo com preços razoáveis. Passe algum tempo comparando preços e seja flexível! Escalas, horários de partida e chegada e o dia da semana podem afetar o preço. Considere a possibilidade de chegar cedo para o seu curso ou ficar por lá depois que ele terminar para aproveitar ao máximo os preços flutuantes.
Você também pode verificar se há um voo mais barato saindo de outro aeroporto. Por exemplo, se você mora em Recife, procure voos saindo de São Paulo ou outra cidade. E, é claro, fique de olho nas ofertas exclusivas de sites de milhas, que oferecem preços reduzidos.
3. Compre alguns ienes com antecedência
O Japão é uma sociedade que utiliza bastante o dinheiro e muitos lugares não aceitam cartões. Levar uma quantia suficiente vai garantir que você não perca nenhuma experiência interessante. O país tem caixas eletrônicos, geralmente em lojas de conveniência, mas é provável que você tenha que pagar taxas a cada vez que sacar.
Comece a ficar de olho nas taxas de câmbio o quanto antes para ter uma chance melhor de obter mais retorno pelo seu investimento. Ao chegar, você pode querer investir em um dos souvenirs mais comuns do Japão: um porta-moedas! Até 500 ienes (cerca de R$ 25) são só moedas, então você vai querer um lugar seguro e acessível para guardar as suas.
Além disso, um erro comum que muitos viajantes cometem é trocar moeda no aeroporto. Não faça isso! Os aeroportos têm taxas de câmbio terrivelmente altas.
4. Aprenda o idioma
Eigo o hanashimasu ka? “Você fala inglês?” – uma frase importante para saber em todas as línguas, junto com “onde fica o banheiro” e “eu preciso de um café”.
Se você estiver em uma grande cidade ou próximo a uma atração turística, provavelmente vai encontrar muitas pessoas que dirão hai (sim). Na verdade, muitos vão se dirigir a você imediatamente em inglês. Se você é um estudante de línguas em busca de uma experiência imersiva, resista à tentação de se comunicar em inglês.
Responder em japonês vai causar uma boa impressão nas pessoas. Para iniciantes no idioma, alguns programas podem incluir aulas de japonês como parte de seu estudo ou orientação. De qualquer forma, é sempre educado tentar a comunicação no idioma nativo.
No Japão, simples arigato gozaimasu (muito obrigado), kudasai (por favor) e sumimasen (com licença) vão te levar muito longe.
5. Pesquise os costumes locais
Invista em meias fofas, porque vai ter que tirar muito os sapatos! A limpeza é extremamente importante no Japão e em muitos lugares, como restaurantes, albergues/hotéis, templos e museus, você vai precisar tirar os sapatos.
Alguns lugares podem oferecer a você um par de “sapatos de casa” para usar, mas você deve sempre ter um par de meias para garantir que não vai passar sufoco. Andar descalço não é uma opção nesses casos! Também é uma boa ideia aprender a usar os pauzinhos e se familiarizar com a etiqueta alimentar japonesa: sente-se ereto e limpe o prato!
Muitos costumes japoneses se resumem ao respeito. Seja educado, seja pontual e você vai se dar bem!
Quanto custa estudar no Japão?
O elemento mais importante para estimar o custo de estudar no Japão são as mensalidades, que podem variar de acordo com o programa e a universidade escolhidos. Para te ajudar a considerar as taxas de ensino para as diferentes universidades no Japão, nós dividimos as instituições da seguinte forma:
- Universidades nacionais (Universidade Akita, Universidade de Fukushima,Instituto de Tecnologia de Kyoto, Universidade de Nagasaki, etc.);
- Universidades públicas (Universidade de Tóquio, Universidade de Kyushu, Universidade de Artes de Tóquio, etc.);
- Universidades privadas de Artes Liberais (Universidade Waseda, Universidade Sophia, etc.);
- Universidades privadas de Ciências.
Quando comparado aos países europeus e norte-americanos, o Japão é relativamente acessível, mas as taxas dos cursos podem ter diferenças consideráveis entre os tipos de universidade. Confira a tabela a seguir para ver o custo médio de estudar nessas instituições no Japão:
Tipo de universidade |
Custo médio para o primeiro ano (¥) |
Custo em R$ (aproximado) |
Universidades nacionais |
537.800,00 |
26.075,00 |
Universidades públicas |
537.809,00 |
26.080,00 |
Universidades privadas de Artes Liberais |
746.123,00 |
36.185,00 |
Universidades privadas de Ciências |
1.048.763,00 |
50.850,00 |
Custo de vida
As despesas mensais de moradia (incluindo as mensalidades) no Japão para estudantes internacionais, em média, em todo o país, chegam a cerca de 138.000 ienes. Regionalmente, a região de Shikoku tem o menor custo de vida, com 104.000 ienes, enquanto a região de Kanto tem o maior custo de vida, com 154.000 ienes.
A região de Kanto inclui Tóquio, onde as despesas mensais médias chegam a 158.000 ienes. Isso significa mais de 50.000 ienes por mês a mais em comparação com a região de Shikoku. As altas despesas da região de Tóquio podem ser atribuídas aos altos custos de aluguel, juntamente com o custo do transporte necessário para o deslocamento diário e outras atividades.
Por que estudar no Japão?
Aqui estão alguns motivos pelos quais você deve considerar seriamente fazer do Japão seu destino de intercâmbio.
1. Receber uma educação de alto nível
O Japão tem estado na vanguarda da modernização científica e tecnológica nas últimas décadas, então não é de se admirar que o país ostente alguns dos melhores programas de STEM do mundo. Os estudantes que buscam aprofundar seus conhecimentos em robótica, nanotecnologia, inteligência artificial e outros campos da engenharia da computação devem considerar seriamente estudar no Japão.
Embora as universidades japonesas sejam mundialmente conhecidas por seus programas excepcionais de STEM, também há uma abundância de excelentes opções para cursos de Artes Liberais. A Universidade de Tóquio, por exemplo, é uma das instituições mais respeitadas internacionalmente, oferecendo recursos acadêmicos excepcionais para alunos que se dedicam ao estudo de línguas, História, Literatura ou Artes.
2. Se tornar fluente em um idioma difícil, mas valioso
Alcançar a fluência em japonês vai fazer você se destacar em qualquer lugar do mundo. Além disso, ser capaz de se comunicar com eficácia no idioma vai fazer com que você seja procurado por empresas japonesas – muitas das quais têm um interesse incrível em recrutar candidatos internacionais.
Mesmo que você tenha estudado a língua japonesa rigorosamente em sala de aula, nunca vai ser totalmente fluente até que mergulhe, de fato, nela. O japonês é uma língua excepcionalmente difícil que pode ser um desafio para os ocidentais aprenderem, mas se cercar de falantes nativos vai te forçar a pensar rapidamente e falar com confiança.
3. Desfrutar de uma das melhores cozinhas do mundo
Se você adora comida, o Japão pode te apresentar a uma maneira totalmente nova de desfrutar de uma culinária requintada. Embora a maioria de nós no Ocidente conheça bem o sushi, o ramen e o teriyaki, você pode não estar tão familiarizado com o kaiseki tradicional ou com o ensopado de Oden.
Você também pode se surpreender ao saber que existe um movimento culinário internacional altamente inventivo no Japão. Muitos dos melhores restaurantes de Tóquio oferecem um toque fresco na cozinha tradicional francesa, italiana e mexicana!
(Andraz Lazic/Unsplash)
4. Aprender uma perspectiva cultural totalmente diferente
Com milhares de anos de história, tradição e cultura, o Japão oferece aos alunos uma oportunidade inestimável de aprender simultaneamente com os filósofos, poetas e historiadores do passado enquanto desenvolve a familiaridade e a compreensão das tecnologias de ponta, ampliando seus horizontes e apresentando uma visão de mundo totalmente diferente.
Bolsas para estudar no Japão
Reunimos nesta seção algumas bolsas de estudo para estudantes internacionais no Japão.
1. Japan Foundation Fellowship Program
Se você está procurando bolsas de estudos para estudar no Japão porque é um pesquisador em áreas ligadas aos estudos japoneses, este programa de auxílios oferece ótimas oportunidades para você! Isso porque os acadêmicos que trabalham com Ciências Sociais ou Humanas com foco específico no Japão são elegíveis para o prêmio anual.
O maior interesse da fundação é o de apoiar o intercâmbio cultural e artístico, fortalecendo as relações culturais na Ásia, aumentando o intercâmbio intelectual japonês e desenvolvendo o ensino da língua japonesa no exterior. Este programa oferece oportunidades principalmente para pesquisadores de graduação e pós-graduação.
- Quanto? Varia
- Frequência? Oferecida anualmente, com bolsas de parcerias adicionais também disponíveis.
- Prazo? Varia de ano para ano
2. Japanese Government (MEXT) Scholarships for Young Leaders Program
O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT) oferece, todos os anos, bolsas de estudos no Japão para estudantes internacionais cursarem a graduação em uma universidade do país. A bolsa consiste em um auxílio mensal para despesas, isenção total das taxas de matrícula e passagens aéreas de ida e volta para o país.
Dependendo da região em o que candidato for residir por lá, pode haver uma acréscimo de 2 a 3 mil ienes no valor mensal do subsídio. Para concorrer, é necessário já ter concluído o Ensino Médio. Não é obrigatório ter fluência em japonês, embora ter alguns conhecimentos básicos na língua seja considerado um diferencial para o processo seletivo. Por outro lado, é necessário ter conhecimentos avançados em inglês e comprová-los com um teste de proficiência.
- Quanto? 117 mil ienes (~R$ 5.800), com possibilidade de acréscimo de 2 a 3 mil ienes.
- Frequência? Oferecida anualmente
- Prazo? Meados de outubro (sempre antes do início do ano letivo japonês)
3. TEAN Scholarships from The Education Abroad Network
Se você está procurando uma variedade de bolsas de estudos no Japão para fazer seu intercâmbio, com certeza deve começar pelos auxílios da TEAN. Essa rede de intercâmbios inclui tudo, desde o processos seletivos específicos (como o de Fotografia, que exige um portfólio, por exemplo) até os programas baseados em mérito e outros mais gerais. Eles oferecem até bolsas integrais para um curso de sua escolha.
Diferentemente da maioria dos programas, a rede também oferece uma segunda oportunidade de financiamento (chamada de TEAN Sequel Grant), caso você queira voltar ao Japão para comer mais lámen (e aprender, é claro)!
- Quanto? As bolsas variam desde um auxílio mínimo de US$ 250 para suporte básico, até um financiamento completo.
- Frequência? Oferecidas anualmente, com bolsas de parcerias adicionais também disponíveis.
- Prazo? As aplicações de primavera, inverno e full-ride vencem anualmente em outubro, enquanto as de verão terminam em março e as de outono em abril.
4. KUT PhD Scholarships in Engineering for International Students
O Programa Especial de Bolsas de Estudos no Japão da Kochi University of Technology (KUT) foi criado em 2003 para apoiar os programas de pesquisa avançada da universidade através da contribuição de estudantes internacionais de doutorado que têm um bom histórico acadêmico.
Dessa forma, todos os anos, a universidade seleciona estudantes de doutorado para participarem de projetos de pesquisa específicos. Esses estudantes cursam os seus respectivos programas em inglês e, ao mesmo tempo, ajudam o professor anfitrião em seus projetos de pesquisa. Para participar, é preciso ter menos de 35 anos e comprovar fluência na língua inglesa.
- Quanto? Isenção de taxas, 150 mil ienes por mês e mais 150 mil ienes para custos de vida e viagem
- Frequência? Oferecida anualmente
- Prazo? Duas datas oficiais: uma em março e outra em setembro
Melhores universidades para estudar no Japão
1. Universidade de Tóquio (東京大学)
Fundada em 1877 como a primeira universidade imperial, a Universidade de Tóquio, chamada de Todai, é uma das instituições de ensino superior mais conceituadas e prestigiadas do Japão. Só para ilustrar, 15 dos 62 primeiros-ministros do Japão foram educados na Universidade de Tóquio. Além disso, 5 ex-alunos se tornaram astronautas.
A melhor entre as melhores universidades do Japão é composta por 10 faculdades e 15 escolas de pós-graduação. Ao todo, são 30 mil alunos matriculados, dos quais 2.100 são estrangeiros. Diferente da maioria das universidades japonesas, a Todai tem cursos de graduação ministrados completamente em inglês.
O campus principal, de Hongo, ocupa a antiga propriedade da família Maeda, antigos senhores feudais da província de Kaga. Por isso, o local atrai turistas a pontos como o Akamon (o Portão Vermelho) e o majestoso Auditório Yasuda.
Universidade de Tóquio (Daverson Borja/Flickr)
2. Universidade de Quioto (京都大学)
A Universidade de Quioto é a segunda mais antiga do Japão, tendo sido fundada em 1897. Ela é uma das principais instituições de pesquisa de toda a Ásia, tanto que 13 pessoas ligadas à universidade já foram ganhadoras do prêmio Nobel. Atualmente, a Universidade de Quioto conta com 22 mil alunos, divididos entre os cursos de graduação e pós-graduação.
O campus principal da universidade, Yoshida, está presente desde a sua fundação e é notável por sua arquitetura fascinante. Por lá, você encontra uma variedade de estilos, desde edifícios de tijolos, como o Hall da Torre do Relógio (um símbolo da universidade), até laboratórios em edifícios modernos.
3. Instituto Tecnológico de Tóquio (東京工業大学)
Localizado na região metropolitana da capital japonesa, o Instituto Tecnológico de Tóquio (também chamado de Tokyo Tech) foi fundado em 1881, com o lema “Engenheiros do conhecimento, tecnologia e paixão que mudam o nosso mundo”. Hoje em dia, a universidade oferece cursos de graduação e pós-graduação ministrados em inglês, o que atrai diversos intercambistas.
No caso da graduação, o Instituto é dividido em três escolas principais: a Escola de Ciências, a de Engenharia, e a de Biociência e Biotecnologia. A principal biblioteca da Tokyo Tech fica em Ookayama, e é o lar do maior acervo literário de Ciência e Tecnologia do Japão. A biblioteca foi fundada em 1882, mas perdeu quase 28 mil livros durante o grande terremoto de Kantō, em 1923.
4. Universidade de Osaka (大阪大学)
A Universidade de Osaka foi fundada, oficialmente, em 1931, como uma das universidades imperiais. Apesar disso, ela tem raízes na Kaitokudō (懐徳堂), uma escola de comerciantes localizada em Osaka durante o período Tokugawa e fundada por volta de 1724.
Atualmente, a universidade trabalha em três campi principais: Suita, Toyonaka e Minoh. O campus de Suita, onde fica a sede da universidade, se estende pelas cidades de Suita e Ibaraki, com as faculdades de Ciências Humanas, Medicina, Odontologia, Ciências Farmacêuticas e Engenharia.
Até hoje, inúmeros pesquisadores e cientistas de destaque estudaram ou trabalharam na Universidade de Osaka. Entre eles estão o ganhador do Prêmio Nobel de Física, Hideki Yukawa; o artista de mangá Osamu Tezuka; o autor Ryōtarō Shiba e o descobridor das células T reguladoras, Shimon Sakaguchi.
Melhores cidades para estudar no Japão
1. Tóquio
Não tem como fazer uma lista de melhores cidades para estudar no Japão sem começar pela incrível Tóquio, a capital do país. Com 40 milhões de habitantes em sua região metropolitana, Tóquio é considerada a maior área urbana do mundo. E entre tantas pessoas é óbvio que existem muitos estrangeiros. Só para ter uma ideia, em 2018 haviam 114.833 estudantes de outros países nas instituições de ensino da capital.
E mesmo com toda a sua agitação e grandeza, é uma das cidades mais seguras do mundo e conta com um sistema de transporte super eficiente que permite acessar facilmente praticamente todos os cantos da região metropolitana. O sistema de metrô da cidade, por exemplo, é o quinto maior do mundo, atrás apenas de Xangai, Seul, Londres e Nova York.
Quando falamos de educação, Tóquio também lidera o país nos principais rankings internacionais. A Universidade de Tóquio, que foi criada em 1877 como uma universidade pública, conta com cinco campi espalhados e tem mais de 29 mil alunos em seus cursos de graduação e pós-graduação. De acordo com o QS World University Rankings 2021 é a melhor universidade do Japão e a 24º melhor universidade do mundo.
2. Quioto
Quioto tem sido o centro cultural do Japão já há bastante tempo. A antiga capital do país possui impressionantes 17 Patrimônios da Humanidade pela UNESCO, o que serve como testemunho da rica experiência cultural da região. Hoje, muito por conta de sua história, a cidade é uma bela mistura entre a agitação de uma metrópole convivendo com um passado bem preservado dos seus museus, santuários e monumentos.
A cidade é um dos principais centros acadêmicos do Japão, sendo o lar de vários estudantes nacionais e estrangeiros que se dividem entre suas ótimas instituições de ensino superior. A principal delas é a Universidade de Quioto, fundada em 1897, que hoje é a segunda melhor do país (38ª no mundo).
3. Osaka
Osaka é a terceira maior cidade do Japão e fica na região oeste do país. Já foi considerada em várias pesquisas como uma das melhores cidades do mundo para viver. Uma delas foi o estudo Global Liveability Index, feito pela revista The Economist em 2019, que colocou a cidade como a quarta mais habitável do mundo, atrás apenas de Viena, Melbourne e Sydney. Osaka se orgulha de ter uma cultura viva e vibrante e é internacionalmente famosa pela sua culinária única. Não a toa é conhecida como a "cozinha da nação".
A melhor universidade da cidade é a Universidade de Osaka, fundada em 1869, que é considerada a quarta melhor do país (72ª no mundo). Outras instituições de destaque são a Universidade da Cidade de Osaka, a Universidad de Kansai e a Universidade da Prefeitura de Osaka.
Osaka (Richard Tao/Unsplash)
4. Nagoia
Nagoia é famosa pela sua inovação e avanços tecnológicos mas, ao mesmo tempo, também é cheia de monumentos históricos importantes. É dona dos títulos de quarto maior centro urbano do país em população; maior centro econômico da região central do Japão e terceira cidade mais rica do país, atrás apenas de Tóquio e Osaka.
A sua instituição de ensino mais importante é a Universidade de Nagoia, fundada em 1871. Essa é a sexta melhor universidade do Japão e ocupa a 110ª posição no ranking mundial da QS. Também têm destaque o Instituto de Tecnologia de Nagoia (NIT), a Universidade de Nanzan e o Instituto Tecnológico de Toyota, criado a partir de uma doação da gigante automobilística japonesa.
5. Yokohama
Com quase 4 milhões da habitantes, Yokohama é a segunda maior cidade do país e fica na região metropolitana de Tóquio. Por ser cerca de 30% mais barata que a capital, é bastante comum que estudantes de universidades de Tóquio vivam em Yokohama. A distância entre as duas cidades pode ser realizada em uma viagem de trem de 25 minutos.
Mas Yokohama também conta com suas próprias universidades de destaque. As mais bem classificadas nos rankings são a Universidade da Cidade de Yokohama e a Universidade Nacional de Yokohama.
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*Texto escrito por Rafael Cerqueira (2020) e atualizado por Lucas Almeida (2021).