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Conseguir um internship internacional sem ter experiência prévia é perfeitamente possível — e acontece o tempo todo. Empresas e centros de pesquisa procuram estagiários com atitude, vontade de aprender e potencial, não necessariamente um histórico longo de empregos.
O segredo está em transformar qualquer atividade (projetos universitários, voluntariado, cursos online, trabalhos acadêmicos) em provas concretas de habilidade e compromisso. Este guia reúne passos práticos e testados para você planejar, aplicar e ser aprovado em um estágio no exterior mesmo começando do zero.
O que você vai aprender:
- Como identificar oportunidades de internship ideais para iniciantes
- Quais atividades substituem experiência profissional no currículo
- Como montar um CV e carta de apresentação que chamem atenção sem experiência prévia
- Estratégias de networking e plataformas para achar vagas internacionais
- Preparação para entrevistas e testes comuns em processos de estágio
- Dicas práticas de cronograma para conseguir um internship em poucos meses
1. Entenda o que recrutadores realmente procuram
Antes de se candidatar, ajuste sua mentalidade: recrutadores de internships querem sinais claros de potencial. Os atributos mais valorizados costumam ser:
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Curiosidade e capacidade de aprendizagem rápida
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Comunicação e trabalho em equipe
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Responsabilidade e compromisso
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Habilidades técnicas básicas relevantes à vaga (mesmo em nível iniciante)
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Proatividade (ex.: iniciativas próprias, projetos pessoais)
Ter isso em mente ajuda a transformar atividades não profissionais em evidências úteis na aplicação.
2. Escolha o tipo de internship e o país-alvo
Defina prioridades para focar esforços:
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Área: marketing, TI, pesquisa, engenharia, comunicação, finanças, etc.
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Formato: presencial, remoto ou híbrido. Internships remotos podem ser mais acessíveis para quem está começando.
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País: considere idioma, requisitos de visto, custo de vida e prazos acadêmicos locais. Alguns países e empresas têm programas específicos para estudantes (ex.: summer internships nos EUA, research internships na Europa).
Ter foco reduz o volume de vagas a monitorar e melhora a qualidade das candidaturas.
3. Construa um portfólio com o que já fez (mesmo que não seja emprego)
Substitua experiência formal por provas concretas de capacidade:
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Projetos acadêmicos relevantes: apresentações, relatórios, TCC, posters — coloque links e resumos.
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Projetos pessoais: sites, pequenos aplicativos, campanhas, artigos, podcasts, vídeos.
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Trabalhos voluntários: descreva responsabilidades e resultados mensuráveis.
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Cursos com certificados (Coursera, edX, LinkedIn Learning): inclua notas, projetos finais e links.
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Contribuições em código aberto ou competições (Kaggle, hackathons): destacam habilidade prática.
Organize tudo em um portfólio online (GitHub para tech, Behance para design, um site pessoal ou Google Drive público) e inclua o link no seu CV.
4. Transfira habilidades: como descrevê-las no CV
Use linguagem orientada a resultados e números quando possível. Exemplos de enunciados:
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“Liderei um projeto acadêmico de 3 meses que avaliou X, resultando em Y% de melhoria…”
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“Criei um blog com 10 posts sobre tema Z; alcance médio de 2k visitas/mês.”
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“Voluntariado: organização de eventos para 200 pessoas; coordenei equipe de 8 voluntários.”
Seja específico: em vez de “bom em comunicação”, escreva “apresentei seminário para turma de 50 pessoas; recebi feedback X”.
5. Prepare um CV e carta de apresentação direcionados
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CV (1 página para iniciantes): nome, contato internacional (e-mail profissional), resumo curto (1-2 linhas), educação, portfólio/projetos, habilidades técnicas (ferramentas, linguagens), línguas, atividades extracurriculares.
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Carta de apresentação (cover letter): adapte para cada vaga. Explique por que você quer aquele estágio, como seu background demonstra potencial e cite 1-2 exemplos concretos (projeto, curso) que comprovem habilidade relevante. Termine com disponibilidade e entusiasmo.
Use palavras-chave da descrição da vaga para passar nos filtros automatizados.
6. Aprimore habilidades técnicas essenciais (rápido e eficiente)
Identifique 2–3 skills que aparecem frequentemente nas vagas do seu interesse e faça cursos intensivos:
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Marketing: Google Analytics básico, SEO, Canva, copywriting.
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TI: Git, HTML/CSS, Python básico, SQL.
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Pesquisa: Excel avançado, revisão bibliográfica, metodologia.
Curse mini-projetos que gerem evidências para o portfólio. Prazo sugerido: 4–8 semanas por skill, com projeto final pequeno.
7. Networking estratégico: como encontrar oportunidades que não são anunciadas
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LinkedIn: optimize perfil (foto profissional, headline clara, sumário com objetivo), publique sobre seus projetos e peça recomendações. Conecte-se com alumni das suas universidades e ex-interns das empresas alvo.
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Eventos e meetups (online e presenciais): participe e troque contato com recrutadores.
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Professores e coordenações: muitos internships são distribuídos por meio de parcerias acadêmicas.
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Plataformas e fóruns: Handshake, Internshala, Global Placement, e grupos no Facebook ou Telegram sobre estágios internacionais.
Peça mensagens curtas e diretas ao se apresentar (ex.: “Sou estudante de X, vi sua atuação em Y — tem 2 minutos para eu tirar uma dúvida sobre internships na sua equipe?”).
8. Procure vagas de entrada: programas que aceitam iniciantes
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Summer internships e programas de estágio para estudantes costumam aceitar candidatos sem experiência.
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Startups buscam gente com atitude mais do que histórico.
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ONGs e centros de pesquisa podem oferecer posições com menos requisitos formais.
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Plataformas universitárias e programas de intercâmbio de curto prazo (research internships, shadowing) são ótimos pontos de partida.
Aplique amplamente, mas com qualidade: adaptar a carta e o CV aumenta muito as chances.
9. Como se destacar na entrevista sem experiência
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Conte histórias: prepare 3 narrativas baseadas em projetos/voluntariado que mostrem iniciativa, resolução de problema e trabalho em equipe (método STAR: Situação, Tarefa, Ação, Resultado).
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Demonstre vontade de aprender: fale sobre cursos que fará, ferramentas que planeja dominar.
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Mostre preparação: conheça a empresa, mencione um projeto ou produto e explique como quer contribuir.
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Pratique inglês técnico/conversacional: se a vaga exige idioma, faça mock interviews com nativos ou mentores.
Perguntas comuns a preparar: por que você quer esse estágio? Fale sobre um projeto do seu portfólio. Como lida com prazos? O que você quer aprender aqui?
10. Questões práticas: vistos, contratos e expectativas
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Visto: muitos internships curtos (remotos ou de verão) não exigem visto de trabalho; para estágios longos, informe-se sobre regras do país.
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Remuneração: alguns internships são unpaid; avalie custo-benefício (experiência, rede).
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Documen tos: tenha carta de recomendação, histórico escolar e certificado de proficiência prontos.
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Expectativas: combine escopo do trabalho, supervisor direto e possibilidade de feedback regular.
11. Cronograma prático para conseguir um internship em 3 meses
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Semana 1–2: escolha área e país; monte CV e portfólio online; otimize LinkedIn.
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Semana 3–6: finalize 2 projetos rápidos como prova de habilidade; faça 1–2 cursos com certificados.
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Semana 7–10: aplique para 30–50 vagas (10–15 por semana), personalize cada candidatura; intensifique networking.
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Semana 11–12: prepare entrevistas (mock), revise cartas; negocie ofertas e resolva questões de visto/logística.
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Foto de capa por Lydia Matzal na Unsplash