Fazer faculdade no Reino Unido é o sonho de muita gente. Afinal de contas, várias das melhores universidades do mundo ficam na terra da rainha. Por isso mesmo, um diploma de Oxford ou Cambridge é um grande diferencial no seu currículo. Mas para tirar esse sonho do papel é preciso entender como funciona o processo de aplicação nessas universidades. E é por isso que hoje nós vamos te explicar o passo a passo de como fazer uma faculdade no Reino Unido. Vamos nessa?
O que é preciso para fazer faculdade no Reino Unido
Para fazer uma faculdade no exterior, seja no Reino Unido ou qualquer outro país, é preciso ter muita organização e pesquisa. É que o processo de cada lugar é feito de maneira diferente, com muitos documentos e com prazos diversos que não podem ser perdidos. Por isso, o ideal é que você se prepare com antecedência e siga alguns passos.
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1. Saiba como funciona o sistema de ensino superior britânico
Para se candidatar ao ensino superior no Reino Unido é preciso ter no mínimo 18 anos (ou 17, na Escócia) e ter concluído o Ensino Médio. Até esse ponto se parece muito com o que encontramos aqui no Brasil, né? Outra semelhança é que por lá, o ensino superior também se divide entre graduação e pós-graduação.
Uma das diferenças são os tipos de graduações e pós-graduações disponíveis. No Reino Unido é possível se graduar com um bacharelado, o tipo mais comum no Brasil, porém, na Inglaterra, esses cursos duram três ou quatro anos. Eles podem ser feitos individualmente ou em joint honors, que são "dois cursos em um" com duração um pouco maior. É preciso ter bacharelado para seguir para a pós-graduação.
Outra possibilidade é fazer cursos curtos, com duração de dois anos. Eles funcionam como os Associate Degrees dos Estados Unidos e te dão uma formação básica tanto da parte técnica quanto acadêmica da sua área. Eles são bons para quem quer entrar rápido no mercado de trabalho, mas não servem para ingressar na pós-graduação.
Já na fase da pós-graduação, os alunos podem escolher entre um mestrado acadêmico (voltado para pesquisa), um MBA (mais voltado para o mercado) ou um PhD/Doutorado. Não é necessário ter um diploma de mestre para ingressar no doutorado, mas é muito comum que se faça o mestrado acadêmico antes de tentar um PhD.
2. Escolha qual a melhor universidade para você
Agora que você já sabe os tipos de cursos disponíveis, é hora de escolher o que você vai fazer: uma graduação de bacharelado, um mestrado acadêmico, um MBA ou um doutorado? E onde você vai fazer esse curso? Cada uma dessas modalidades exige critérios diferentes para o ingresso e, portanto, preparações variadas.
O recomendado é que você comece a se preparar com bastante antecedência, até porque muitas seleções acontecem um ano antes do início do curso, como é o caso das graduações em Oxford, por exemplo. Essa universidade ainda exige testes e entrevistas específicas, que você também tem que conhecer antes de iniciar o seu processo de aplicação.
Além disso, é preciso de tempo para completar os critérios mínimos exigidos de cada curso. Alguns pedem uma nota específica nos GCE A-level, no International Baccalaureate ou outras certificações internacionais. Escrever sua carta de personal statement também pode levar tempo, já que 80% dela deve ser dedicada à sua motivação para fazer aquele curso específico.
3. Treine o seu inglês
Existem algumas variações entre os processos de cada uma das universidades, porém uma coisa é sempre exigida de um estudante estrangeiro: um certificado de proficiência em inglês. São várias as opções disponíveis no mundo, mas as duas mais aceitas pelas universidades do Reino Unido são o IELTS e os Exames de Cambridge.
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Ambas as certificações também exigem um tempo de preparação e têm características específicas. Além disso, não existe um padrão de notas para ingressar nos cursos e cada um pode pedir um nível diferente segundo o Quadro Comum Europeu. Por isso é importante fazer o exame correto para a oportunidade que você pretende aproveitar. Ainda assim, é possível dizer que o mínimo para fazer uma graduação no Reino Unido é ter um inglês nível B2.
4. Entenda o UCAS
Outro ponto em comum para quem vai fazer faculdade no Reino Unido é a aplicação por meio do UCAS. Os Serviços de Admissão em Faculdades e Universidades (UCAS, na sigla em inglês) funcionam de forma similar ao Common Application dos Estados Unidos. Esta foi uma maneira de unificar as aplicações para várias universidades.
Com o UCAS é possível aplicar para uma universidade específica ou fazer uma aplicação geral. Neste caso, você será colocado(a) no curso com menor concorrência e não necessariamente será um lugar que te agrade. O valor para se inscrever em um curso é de 20 libras (cerca de 150 reais) ou 26 libras (cerca de 200 reais) para se candidatar em até cinco cursos.
No site do UCAS eles resumem todo o processo de aplicação nos seguintes passos:
- Registre-se para usar o Apply: criando seu nome de usuário e senha;
- Preencha os dados pessoais: quando é perguntado se há necessidade de bolsa, onde você mora, seu e-mail e coisas desse tipo;
- Selecione o seu curso;
- Apresente seu histórico escolar: é aqui que você comprova que tem os requerimentos necessários para o seu curso, que pode envolver até mesmo notas do GCE A-levels ou outra certificação internacional que varia conforme a universidade;
- Seu histórico profissional: se você tiver mais de 21 anos isso pode pesar na sua aplicação;
- Escreva um personal statement;
- Consiga uma carta de recomendação em inglês com um professor;
- Pague a tarifa e envie sua aplicação.
Esse é o processo básico, mas, como lembra o UCAS, é preciso verificar individualmente com a universidade pretendida se é necessário também fazer um teste específico ou entrevista, por exemplo. Além disso, no caso de você ainda não ter concluído o Ensino Médio ou ainda não ter recebido as notas das provas, é possível fazer um cadastro condicional, desde que você apresente esses documentos quando os tiver.
5. Prepare as suas documentações
O British Council aponta alguns documentos como sendo essenciais para o seu processo de aplicação. De forma geral são pedidos:
- Histórico escolar;
- Diploma de Ensino Médio com tradução juramentada;
- Certificação de proficiência em inglês;
- Carta de recomendação em inglês;
- Visto de estudante para o Reino Unido.
Porém, é preciso ficar atento, pois algumas instituições podem pedir outros documentos. Segundo o UCAS, é comum pedirem dados do plano de saúde e informações financeiras antes de aceitarem a sua aplicação. Então pode ser uma boa ideia já procurar as bolsas que você pretende aplicar também.
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6. Planeje-se para não perder os prazos
Para entender os prazos do processo de aplicação no Reino Unido, é preciso saber que eles dividem o ano letivo em três trimestres. O primeiro deles acontece depois das férias de verão e dura entre setembro e meados de dezembro. O segundo trimestre se inicia em janeiro e termina em março, enquanto o último trimestre antes das férias de verão é realizado no período entre abril e junho ou julho.
Geralmente, as universidades levam por volta de três meses para selecionar os estudantes, porém, é recomendado que o processo seja feito com um ano de antecedência. Como acontece com todas as outras partes do processo, os prazos também mudam conforme os cursos.
Pode-se dizer que existem duas datas principais:
- Por volta de 15 de outubro (para entrada no ano seguinte) - é o prazo para quem quer fazer faculdade em Oxford ou Cambridge em qualquer curso ou para quem quer fazer Medicina, Veterinária, Ciências ou Odontologia em qualquer universidade.
- Por volta de 15 de janeiro (para entrada no mesmo ano) - é o prazo para todos os outros cursos nas demais universidades do Reino Unido.
Apesar de o registro para a aplicação em Oxford ser só em outubro, a universidade diz que alguns dos alunos começam a preparação para preencher o formulário em junho. Em setembro, começam as inscrições para o teste adicional exigido pela universidade. Se você passar nas primeiras etapas, fará uma entrevista em dezembro. O resultado final sai em janeiro.
Intercâmbio com a UDI
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