Cursos de extensão no exterior: o que são e como fazer?

Você já ouviu falar em cursos de extensão? Uma universidade é formada por três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Esse último pilar é a forma como as instituições de ensino superior se comunicam com a sociedade onde elas estão inseridas. Isso pode ser feito de várias formas, como programas de preservação do meio ambiente ou cursos de curta duração oferecidos para quem não está matriculado na universidade, por exemplo.

A ideia desse tipo de curso é oferecer uma oportunidade para a comunidade se aperfeiçoar, se especializar, se atualizar ou até difundir novos conhecimentos para as pessoas. Em geral, esses cursos duram algumas semanas, chegando, no máximo, a seis meses. Cursos de extensão estão disponíveis em diversas universidades de todo o mundo, mas como encontrar as melhores opções e como se inscrever nesses cursos? É isso que vamos te explicar agora! 

Cursos de extensão no exterior

Nas universidades internacionais, o principal foco dos cursos de extensão é ajudar as pessoas a preencherem alguma necessidade do mercado de trabalho. São centenas de cursos oferecidos a um preço um pouco mais acessível. Esse é um dos diferenciais entre esse tipo de curso e uma pós-graduação.

Mas não é porque os cursos de extensão são curtos e relativamente baratos que eles são ruins. Na verdade, eles são ótimas opções para quem precisa se especializar rapidamente. Os professores que oferecem esses cursos são os mesmos que trabalham nos mestrados e doutorados. A diferença é que você escolhe quais são as melhores disciplinas para você e não fica engessado em uma grade que dura vários anos.

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Outra vantagem é a simplicidade na candidatura. Cursos de extensão no exterior têm ofertas durante todo o ano e aceitam pessoas a partir de 18 anos. E o melhor é que não tem muita burocracia. Na maioria dos casos é só fazer sua inscrição e enviar uma carta dizendo por que você tem interesse em fazer aquela extensão. E são muitas opções! Algumas universidades atualizam as ofertas a cada três meses e oferecem cursos online ou presenciais.

Apesar de existirem cursos assim no Brasil, fazer uma extensão no exterior pode se transformar em um diferencial no seu currículo. Por isso eles são ideais para quem passou um tempo fora do mercado de trabalho ou quer se especializar em uma área específica dentro da sua profissão. As aulas não são intensivas, como acontece com os bootcamps, por exemplo, e a extensão funciona como se você estivesse fazendo apenas uma disciplina de um curso de pós-graduação. Se você estiver fora do país, pode aproveitar o restante do tempo para fazer o que quiser, como turismo.

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Aliás, para fazer cursos de extensão você só vai precisar de um visto de turista, que é muito menos burocrático do que o visto estudantil, por exemplo. Como os cursos duram, no máximo, seis meses, você consegue concluir seu curso apenas com o tempo de permanência permitido para turistas.

Algumas opções disponíveis

Em tempos normais, você consegue fazer cursos de extensão presenciais nas melhores universidades do mundo. Porém, com a pandemia de Covid-19, a grande maioria das instituições está oferecendo cursos virtuais. Encontrar as extensões é muito simples, basta entrar na seção de educação continuada no site das universidades. Aqui separamos algumas opções interessantes.

Cursos online

Nesta modalidade as aulas ficam gravadas e você acessa quando quiser durante o período de disponibilidade do curso, ou seja, durante um curso de 10 semanas, por exemplo, você poderá ver as aulas durante esse tempo.

Stanford, por exemplo, oferece 40 cursos nessa modalidade para a primavera de 2021. São várias áreas disponíveis com vagas limitadas. Os valores variam entre pouco mais de 300 dólares até próximo a mil dólares, que podem ser reembolsados nos primeiros dias de curso caso você não goste e desista de fazer. Existem cursos de desenho, gestão de mídias sociais e até de gerênciamento de negócios. Apesar de serem online com aulas gravadas, as aulas são limitadas a um número específico de alunos que gira em torno de 50 a 100.

O mesmo acontece na Universidade de Oxford. Por lá, a maioria dos 173 cursos têm duração de 10 semanas e são oferecidos para pequenas turmas, para incentivar a troca de ideias. Os custos são a partir de 300 libras e as extensões abordam áreas como arqueologia, antropologia, história, economia, política, sustentabilidade, literatura, música, artes, filosofia e ciências naturais.

Cursos virtuais ao vivo

Outra modalidade de cursos oferecida é a com aulas virtuais ao vivo. Em algumas dessas extensões as aulas também podem ficar gravadas e a presença é opcional, mas em outras os alunos precisam estar presentes durante a chamada de vídeo. A intenção é transpor a experiência que se teria no modelo presencial para o online, com discussões ao vivo.

Em Stanford, são oferecidos quase 100 cursos nessa modalidade. Como a intenção é simular as aulas “normais”, os materiais oferecidos são apenas dicas de leitura e outros arquivos disponibilizados pelos professores, sem os quadros de discussão disponíveis nas aulas online, já que os debates devem acontecer ao vivo. Outra diferença é que as turmas são menores, com cerca de 30 alunos. Por outro lado, os preços e a duração são muito semelhantes ao da modalidade online.

Já em Oxford são oferecidos menos cursos ao vivo do que os gravados online. No total são 118 cursos nesse formato. A maioria das extensões desse tipo tem 11 aulas de duas horas de duração cada. Os preços também são menores, começando em 150 libras. São muitas opções de áreas abordadas, como ensino de línguas, arte e história do Reino Unido e da Europa.

Cursos presenciais

As maiores universidades do mundo suspenderam os cursos oferecidos presencialmente para os anos de 2020 e 2021. As extensões presenciais foram canceladas por causa da pandemia, mas, dependendo do desenvolvimento da doença no mundo, elas podem voltar a qualquer momento. Para saber quaiscursos vão ser oferecidos e quem vai poder participar, fique de olho na aba de educação continuada nas universidades do seu interesse. 

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