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Você já se perguntou se poderia ter passaporte europeu ou de outro país apenas por ter um bisavô estrangeiro? Para muitos brasileiros, essa possibilidade está mais próxima do que parece.
A dupla cidadania não é apenas um status legal — é uma chave que pode abrir portas para estudo, trabalho e residência em dezenas de países, muitas vezes com custos reduzidos e burocracia mínima.
Mas, para transformar essa ideia em realidade, é preciso entender quem realmente tem direito, como comprovar e qual é o caminho mais seguro para dar início ao processo.
O que você vai aprender:
- O que é dupla cidadania e quais são os benefícios
- Como verificar se você tem direito
- Documentos e provas necessárias para o processo
- Diferenças entre os principais países que concedem dupla cidadania
- Etapas para iniciar o processo corretamente
- Erros comuns que podem atrasar ou impedir a aprovação
O que é dupla cidadania e por que ela é tão valiosa
A dupla cidadania (ou dupla nacionalidade) é o reconhecimento legal de que uma pessoa é cidadã de dois países ao mesmo tempo. Isso significa que você tem os direitos e deveres de ambos — e, em muitos casos, acesso a benefícios que vão muito além da viagem sem visto.
Principais vantagens:
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Mobilidade internacional: entrada facilitada ou livre em dezenas de países.
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Acesso a universidades estrangeiras: muitas vezes com mensalidades reduzidas ou até gratuitas.
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Oportunidades de trabalho: possibilidade de trabalhar legalmente sem precisar de visto.
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Transmissão para descendentes: o direito, em muitos casos, passa para filhos e netos.
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Benefícios sociais: saúde, aposentadoria e programas de apoio em determinados países.
Como saber se você tem direito à dupla cidadania
Cada país tem leis próprias para conceder cidadania por descendência, mas a maioria segue três critérios principais:
1. Linha de sangue (jus sanguinis)
A cidadania é transmitida por parentesco. Países como Itália, Alemanha e Polônia seguem esse princípio.
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Exemplo: na Itália, se você tem um antepassado italiano sem quebra de transmissão (nenhum parente renunciou à cidadania antes do nascimento do descendente), pode ter direito.
2. Local de nascimento (jus soli)
Alguns países concedem cidadania a quem nasceu em seu território, mesmo que os pais sejam estrangeiros. Isso é mais comum nas Américas, mas não costuma afetar brasileiros descendentes de europeus.
3. Tempo de residência ou casamento
Certos países permitem solicitar cidadania após alguns anos vivendo legalmente no território ou por união com cidadão local.
Documentos e provas necessárias
Independentemente do país, você precisará provar o vínculo familiar ou a condição exigida pela lei. Isso normalmente envolve:
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Certidões de nascimento, casamento e óbito do antepassado estrangeiro
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Documentos de imigração (passaportes, registros de entrada)
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Certidões atualizadas de toda a linha de descendência até você
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Traduções juramentadas e apostilamento de Haia
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Em alguns casos, certidões negativas de naturalização no Brasil
Dica: antes de iniciar o processo, faça um levantamento completo de nomes, datas e locais para evitar divergências nos documentos.
Diferenças entre países populares para dupla cidadania
Itália
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Sem limite de gerações, desde que não haja quebra de transmissão.
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Pode ser feito no Brasil (mais demorado) ou na Itália (mais rápido).
Portugal
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Geralmente até netos de portugueses.
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Processo costuma ser mais ágil que o italiano.
Espanha
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Direito por descendência até netos, com exceções para bisnetos de espanhóis exilados.
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Também existe possibilidade por tempo de residência reduzido para ibero-americanos.
Alemanha
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Regras mais restritivas; exige que o pai ou mãe fosse alemão no nascimento do filho.
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Algumas exceções para descendentes de perseguidos pelo nazismo.
Polônia
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Transmissão sem limite de gerações, mas documentação precisa estar muito completa.
Etapas para iniciar o processo corretamente
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Confirmar a elegibilidade: pesquise a lei do país e compare com sua árvore genealógica.
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Localizar e organizar documentos: peça segundas vias atualizadas.
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Corrigir divergências: nomes diferentes ou erros de grafia devem ser ajustados antes.
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Fazer traduções juramentadas: obrigatórias para documentos em português.
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Apostilar documentos: para que tenham validade internacional.
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Escolher onde aplicar: no consulado no Brasil ou diretamente no país de origem.
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Protocolar o pedido e acompanhar: prazos podem variar de meses a anos.
Erros comuns que atrapalham o processo
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Confiar em informações genéricas sem checar a lei atualizada
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Entregar documentos incompletos ou com erros
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Pular a etapa de apostilamento
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Não guardar cópias digitais de todos os documentos
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Acreditar em “atalhos” ilegais que prometem cidadania em prazo irreal
Conquiste uma oportunidade internacional, com ou sem dupla cidadania
Ter dupla cidadania pode mudar completamente suas possibilidades de estudo, trabalho e residência no exterior, mas o processo exige paciência, organização e conhecimento da lei de cada país.
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