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Brasileira participa de Erasmus Mundus 4Cities na Europa

Já imaginou a possibilidade de fazer um mestrado em 4 países diferentes da Europa? Essa é a experiência que a goiana Maria Natália Alcântara, 27, está vivendo no Velho Continente. Ela está participando do Erasmus Mundus 4Cities, um programa de 2 anos em que cada semestre acontece em uma capital distinta.

Antes do Mestrado

Maria Natália é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG). E foi durante a faculdade que aconteceu a sua primeira experiência de intercâmbio. Ela passou um período sanduíche na Illinois Institute of Technology, nos Estados Unidos.

Natália durante o seu primeiro intercâmbio nos Estados Unidos.

Nessa primeira experiência, ela foi contemplada com uma bolsa do extinto programa Ciência sem Fronteiras entre os anos de 2013 e 2014. Nessa mesma época também fez um estágio de verão em um escritório de arquitetura em San Diego, na Califórnia. “Essas experiências foram fundamentais para o meu desenvolvimento pessoal e profissional porque através delas tive a oportunidade de ser mais independente e ter mais responsabilidade”, conta.

Erasmus Mundus 4Cities

Nesse exato momento, enquanto você está lendo essa matéria, Maria Natália está em Viena, na Áustria, fazendo o seu mestrado em Estudos Urbanos. Esse é o segundo destino do programa, que é diferente da maioria dos mestrados que você já deve ter ouvido falar.  Confira o porquê abaixo:

O Erasmus Mundus 4Cities é um programa de 2 anos que é realizado em 4 cidades diferentes. O primeiro semestre (antes de Viena), foi concluído em Bruxelas, na Bélgica. E os próximos destinos são Copenhague, na Dinamarca e Madrid, na Espanha. No final ela voltará para Bruxelas para defender sua dissertação.

Como foi o processo seletivo do Erasmus Mundus 4Cities?

O processo seletivo do Erasmus Mundus 4Cities abre todo fim de ano e os estudantes selecionados iniciam as aulas no mês de setembro do ano seguinte.  São exigidos documentos como histórico, diploma, carta de motivação, cartas de recomendação, comprovação de proficiência em inglês e currículo.

Para Maria Natália, a carta de motivação é um dos pontos que merecem mais atenção do candidato. “É através dela que conseguimos contar um pouco da nossa história e o porquê de querermos fazer parte do programa. O segredo para fazer uma boa carta é saber unir os pontos da nossa trajetória de vida com as nossas expectativas futuras”, explica.

Bolsa

No ano em que Maria Natália foi aprovada no Erasmus Mundus 4Cities não foram ofertadas bolsas de estudos. Mas para as próximas turmas o programa de bolsas será retomado.

Para juntar dinheiro e pagar as mensalidades e demais despesas, ela juntou todas as economias e trabalhou como recepcionista de hostel. Além disso, também deu consultoria de arquitetura a distância.

No entanto, o dinheiro que conseguiu juntar ainda não era suficiente para arcar com tudo. Foi então que teve a ideia de fazer uma rifa de um Apple Watch através da redes sociais.

O preço da anuidade do programa é de 4500 euros para estudantes da União Européia. No entanto, para quem é de algum país que não faz parte da UE, como é o caso do Brasil, esse valor aumenta para 9 mil euros.

Mas qual será a maior vantagem em fazer um Mestrado em tantos lugares diferentes? Para Maria Natália é a possibilidade de agregar todas a diferenças que ela encontra entre as cidades em seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Por mais que a Europa  seja um continente pequeno, cada lugar é muito diferente. Ou seja, são países, idiomas, culturas, costumes e preços totalmente distintos. E certamente isso tudo acaba contribuindo para a expansão do meu conhecimento”, pontua.

Mas quais universidades fazem parte do Erasmus Mundus 4Cities?

Maria Natália passará por 6 instituições diferentes:

Ela diz que todo o esforço tem valido a pena e que suas expectativas estão sendo atendidas. “O programa é bem interessante, principalmente se tratando de um mestrado em Estudos Urbanos. Então ter a oportunidade de vivenciar todas essas cidades e conhecer as diferentes dinâmicas de cada uma delas é muito enriquecedor. Isso sem falar nas inúmeras excursões que são organizadas formal e informalmente dentro do programa em museus, tours e cidades próximas”, detalha.

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Após a conclusão da sua dissertação de mestrado na área de Mobilidade Urbana e Cidades Inteligentes, Maria Natália pensa em fazer um PhD também no exterior.

Ela também sente vontade de retornar ao Brasil no futuro e retribuir com os seus conhecimentos para o desenvolvimento do seu país. “Já passei mais de 1 ano vivendo pela Europa e adquirindo conhecimentos. Diante disso eu percebo cada vez mais que o meu país precisa de melhorias. Então eu quero sim gerar impacto positivo por lá de alguma forma”, diz.

Experiência

Natália conta que a experiência está sendo muito enriquecedora e desafiadora ao mesmo tempo. “As aulas são todas em inglês, mas pude aprimorar meu nível de francês quando morei em Bruxelas. E agora em Viena estou aprendendo o básico de alemão. Eu adoro aprender novos idiomas, então esse mestrado também está sendo ótimo nesse sentido”, conta.

Ela é a única pessoa da América do Sul em uma turma formada por 24 pessoas do mundo inteiro. “Tenho colegas de todas as partes do mundo (Canadá, México, China, Irlanda, Bulgária, Itália, etc.) e isso acaba sendo bem desafiador porque tenho que lidar com todas essas diferenças culturais. Mas por outro lado, estou aprendendo muito com essas trocas multiculturais”, reflete.

Maria Natália, no entanto, faz um alerta.  "Acredito que um fator bem desafiador é essa loucura nômade de ter que me mudar todo semestre pra uma cidade diferente. Ou seja, isso implica em novos processos de visto, novas buscas por acomodação. Em outras palavras, tudo novo de novo! Então pra mim é incrível, mesmo com toda a parte burocrática por trás disso. Mas eu sei que não são todas as pessoas que têm esse perfil nômade”, conclui.

Universidade do Intercâmbio

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Rafael Cerqueira
AUTOR

Rafael é um jornalista baiano apaixonado por viagens. Estudou em Minas e Portugal. Viveu em São Paulo e na Argentina. Conheceu 26 países (e culturas), mas não pretende parar por aí. 

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