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Fazer o ensino médio no exterior — ou “High School” — não é mais privilégio de poucos. Hoje, estudantes brasileiros de todos os perfis já conseguem bolsas parciais e integrais, vivendo experiências transformadoras, aprendendo idiomas e construindo um futuro global desde cedo.
Mas, para sair do sonho e chegar à aprovação, é preciso planejamento, informação de qualidade e uma dose extra de coragem. Este é o guia definitivo: você vai sair do zero sabendo tudo o que importa, sem depender de agência ou cair em promessas vazias.
O que você vai aprender:
- O que é, de verdade, o intercâmbio High School e o impacto na vida do estudante
- Diferenças entre intercâmbio com agência e via bolsa de estudos
- Requisitos práticos e perfis de estudante mais procurados
- Passo a passo do processo seletivo: da pesquisa ao embarque
- Documentos, vacinas, idioma, adaptação e cultura
- Principais países, tipos de escolas, duração e opções de moradia
- Custos detalhados, como economizar, onde buscar bolsas e editais
- Como montar uma candidatura forte (mesmo sem currículo internacional)
O que é, afinal, o intercâmbio High School?
Intercâmbio High School é o nome dado à experiência de cursar parte do ensino médio (um semestre, um ano letivo ou, em raros casos, até o ensino médio completo) em outro país, sendo matriculado em uma escola local como estudante regular.
Diferente de um curso de idiomas, você participa de todas as atividades — aulas, provas, eventos esportivos, projetos culturais, trabalhos em grupo — junto com alunos nativos, e não apenas outros estrangeiros.
O impacto dessa vivência vai além do inglês fluente:
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Você aprende a lidar com diferentes métodos de ensino, disciplinas inéditas, projetos interativos e avaliações que valorizam o pensamento crítico e o trabalho em equipe.
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Desenvolve autonomia (gerenciar tempo, dinheiro, tarefas), ganha maturidade, resiliência e uma visão global que nenhuma escola tradicional oferece.
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Constrói networking internacional, ganha amigos do mundo todo e, muitas vezes, se torna o primeiro da família a ter uma vivência fora do país.
Estudantes de High School voltam prontos para desafios maiores: vestibulares, universidades internacionais, estágios em multinacionais e até bolsas de graduação no exterior.
Intercâmbio via agência x intercâmbio por bolsa de estudos: vantagens e desvantagens
A maior dúvida de quem pesquisa sobre High School é: preciso pagar caro para conseguir uma vaga?
A resposta é NÃO. Existem dois caminhos principais:
1. Via agência de intercâmbio (modelo tradicional)
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Como funciona: Você contrata um pacote com escola, acomodação, seguro, suporte e passagens, geralmente pago à vista ou parcelado (com custos que podem superar R$ 60 mil/ano).
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Vantagens: Praticidade e suporte integral (antes e durante a viagem).
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Desvantagens: Alto custo, poucas (ou nenhuma) opções de bolsa e perfil mais “padronizado” dos estudantes.
2. Via bolsa de estudos ou programas públicos/ONGs
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Como funciona: Bolsas oferecidas por governos estrangeiros, entidades educacionais, Rotary, AFS, programas de embaixadas, escolas públicas de países parceiros, entre outros. O processo é meritocrático e pode ser integral (cobrindo praticamente tudo) ou parcial (ajudando com parte dos custos).
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Vantagens: Custo baixíssimo ou zero, maior diversidade (mais acessível para diferentes perfis), processo seletivo mais inclusivo, foco em mérito e impacto social.
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Desvantagens: Seleção rigorosa, exige preparo antecipado, documentação detalhada e necessidade de autonomia desde o início.
Resumo: Se o foco é custo-benefício e impacto real, o caminho das bolsas é o mais estratégico para quem não tem orçamento para arcar com as taxas de agências.
Principais requisitos para participar do High School
Idade e escolaridade:
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Ter entre 14 e 18 anos na data do embarque (alguns programas aceitam até 19)
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Estar cursando o ensino médio no Brasil (1º ou 2º ano é mais comum para embarque)
Desempenho escolar:
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Histórico de notas médias ou acima da média
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Baixo índice de faltas
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Participação em projetos, atividades extracurriculares, voluntariado ou olimpíadas contam pontos extras
Perfil pessoal:
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Maturidade, responsabilidade, disposição para adaptação
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Facilidade de comunicação, respeito à diversidade e interesse em novas culturas
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Proatividade (quem já saiu do conforto, viajou sem os pais, participou de projetos, etc.)
Idioma:
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Inglês intermediário/avançado (comprovado por testes como SLEP, ELTiS, TOEFL Junior, Cambridge, ou testes próprios dos programas)
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Para destinos como Alemanha, França ou Japão, pode ser exigido nível básico de idioma local OU inglês avançado
Documentação:
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Passaporte válido
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Autorização dos pais (para menores) reconhecida em cartório
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Histórico escolar traduzido (quando exigido)
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Carteira de vacinação internacional
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Cartas de motivação e recomendação (professores, coordenadores)
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Comprovantes de atividades extracurriculares
Etapas do processo seletivo: do sonho ao embarque
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Pesquisa das oportunidades
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Sites oficiais de governos (ex: Youth Exchange and Study dos EUA, Embaixada do Japão, AFS, Rotary International, programas do governo alemão, Erasmus+ para europeus, etc.)
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ONGs educacionais internacionais, escolas públicas de outros países e editais embaixadas
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Grupos online, relatos de ex-bolsistas, portais como o Blog UDI ou a Central de Bolsas oficial da Escola M60.
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Análise dos requisitos
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Leia o edital completo, veja se atende à idade, idioma, perfil e escolaridade
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Cheque datas: inscrições abrem meses antes do embarque, então comece a pesquisar com 1 ano de antecedência
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Preparação de documentos
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Passaporte, autorização, histórico, comprovantes de atividades, certificados de idioma
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Traduza o que for exigido por tradutor juramentado
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Digitalize e organize tudo em nuvem, além das versões impressas
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Inscrição e envio de materiais
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Preencha formulários online ou físicos conforme as orientações
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Escreva cartas de motivação autênticas: conte sua história, o porquê do interesse, como pode contribuir com a escola/comunidade do destino
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Solicite cartas de recomendação com antecedência e oriente quem vai escrever sobre pontos fortes relevantes
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Testes e entrevistas
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Prepare-se para provas de idioma e entrevistas (normalmente online, em inglês ou no idioma local)
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Treine respostas sobre suas motivações, experiências, expectativas e como lida com desafios
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Resultado e orientações pré-embarque
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Se aprovado(a), participe de reuniões ou workshops preparatórios, receba orientações de logística, regras de convivência e orientações culturais
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Receba carta de aceite oficial para solicitar visto de estudante (quando necessário)
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Preparativos finais
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Solicitação de visto
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Seguro saúde internacional obrigatório
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Vacinas em dia e carteira internacional
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Planejamento financeiro para gastos iniciais, pequenas despesas e presentes para família anfitriã (caso haja)
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Países, tipos de escola e moradia: entenda suas opções
Principais destinos e seus diferenciais:
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Estados Unidos:
Diversidade de escolas (públicas, privadas, religiosas), tradição em receber brasileiros, maior número de bolsas via programas como YES, Rotary e AFS. -
Canadá:
Educação de ponta, foco em inclusão e programas públicos abertos para estrangeiros, com bolsas. -
Alemanha e França:
Enfoque em intercâmbio cultural, com programas de escolas públicas e bolsas por mérito ou parceria governamental. -
Japão e Coreia do Sul:
Oportunidades para quem se destaca academicamente ou tem engajamento social; ensino intensivo e foco em disciplina. -
Itália, Espanha, Leste Europeu e países nórdicos:
Menos concorridos, excelente acolhimento a estudantes estrangeiros, possibilidade de estudar em inglês e bolsas integradas ao programa escolar.
Tipos de escola:
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Públicas (maior parte dos programas de bolsa)
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Privadas (mais comum via agência, mas existem raros casos de bolsas)
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Boarding Schools (escolas internas, geralmente pagas, mas com programas de merit scholarship em alguns países)
Devo fazer High School ou Boarding School?
Moradia:
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Casa de família anfitriã (homestay): modelo mais tradicional, garante imersão cultural e apoio
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Residência estudantil: comum em boarding schools ou em países como Canadá e Reino Unido
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Outras opções: hospedagem em casas de estudantes, albergues ou até apartamento compartilhado (mais comum para maiores de idade)
Custos detalhados do High School: onde economizar e onde não arriscar
Custo em programas pagos (agências):
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Taxa de programa: R$ 30 mil a R$ 60 mil por ano, dependendo do país e duração
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Passagem aérea: R$ 5 mil a R$ 8 mil
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Seguro saúde: R$ 2 mil a R$ 4 mil
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Visto e documentação: R$ 1 mil a R$ 2 mil
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Despesas pessoais: alimentação, transporte, passeios
Custo em programas de bolsa:
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Taxa de inscrição simbólica ou isenta
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Passagem aérea e seguro saúde muitas vezes incluídos
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Bolsas integrais geralmente cobrem: mensalidades, moradia, alimentação, seguro, materiais didáticos
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Alguns programas dão ajuda de custo mensal
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Pequenas despesas locais (transporte, passeios, itens pessoais)
Dicas para economizar:
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Pesquise editais do governo brasileiro (Capacitação para Líderes, programas estaduais, etc.)
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Priorize bolsas que incluam mais itens no pacote (cuidado com promessas de “descontos”, foque nas integrais)
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Use milhas ou descontos em passagens estudantis (busque grupos de ex-bolsistas com dicas)
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Leve só o essencial na mala e compre itens no país de destino (roupas, material escolar etc.)
Planejamento financeiro para um intercâmbio: como começar o seu
Como montar uma candidatura forte (mesmo sem “currículo internacional”)
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Destaque seu perfil acadêmico: Fale sobre evolução nas notas, superação, dedicação e vontade de aprender.
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Valorize atividades extracurriculares: Voluntariado, projetos sociais, feiras, liderança em eventos, participação em grupos, clubes escolares ou esportivos.
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Capriche na carta de motivação: Seja verdadeiro, conte sua história e mostre o impacto que o intercâmbio terá para sua vida e comunidade.
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Peça recomendações autênticas: Professores e coordenadores que realmente te conhecem, relatando suas qualidades e potencial.
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Mostre interesse por retribuir: Muitos programas valorizam estudantes que planejam compartilhar o aprendizado com colegas e a escola ao retornar ao Brasil.
10 documentos que você precisa para aplicar para uma bolsa internacional
Dicas extras e perguntas frequentes
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Quando começar a se preparar?
Pelo menos 1 ano antes da data desejada de embarque. -
Meu inglês não é perfeito, vale tentar?
Sim! Muitos programas aceitam nível intermediário e dão suporte extra. Dedique-se a melhorar antes e durante o intercâmbio. -
Quais bolsas são mais acessíveis para quem nunca viajou?
Programas de ONGs, Rotary, AFS, embaixadas e editais de governos estaduais/federais. -
Posso trabalhar durante o High School?
Normalmente não, pois o visto de estudante do ensino médio não permite trabalho. O foco é acadêmico e cultural.
O que ninguém fala: bastidores do High School
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Você vai errar, sentir vergonha e viver situações inusitadas — e isso faz parte do crescimento.
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Nem toda família anfitriã será “perfeita”, mas sempre existe suporte para troca se necessário.
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O High School pode ser trampolim para bolsas de graduação no exterior — muitos aprovados em Harvard, Yale, Oxford começaram assim.
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O segredo está na preparação: quem pesquisa, pede ajuda, organiza documentos e treina o idioma sai na frente, mesmo sem grana ou currículo internacional.
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Eu quero me preparar com a M60
*Ele funciona como um filtro para selecionar aqueles que estão realmente dispostos a realizarem o sonho de ir para o exterior.
Foto de capa por Thomas Park na Unsplash