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Muitos estudantes brasileiros ainda acreditam que estudar fora só é possível para quem começa a graduação do zero. Poucos sabem que existe um caminho estratégico, muitas vezes mais rápido e até mais acessível: a transferência internacional de graduação. Seja por insatisfação com o curso atual, busca por ensino de ponta, oportunidades de estágio ou desejo de ampliar horizontes, a transferência internacional permite continuar seus estudos em uma universidade estrangeira — e, melhor ainda, com a possibilidade real de conquistar bolsas que facilitam toda a jornada.
Se você nunca ouviu falar sobre isso, prepare-se para descobrir um universo de oportunidades. Este guia definitivo vai mostrar todas as etapas do processo, os documentos fundamentais, segredos dos editais de bolsas e dicas de especialistas que já ajudaram milhares de jovens a realizar esse sonho. Não importa se você está no início da graduação ou já cursou alguns semestres: com planejamento e as estratégias certas, é possível transformar seu destino acadêmico e profissional.
O que você vai aprender:
- O que é transferência internacional de graduação e para quem ela serve
- Etapas detalhadas do processo em diferentes países
- Como encontrar oportunidades de bolsas para transferência
- Todos os documentos que você precisa preparar (com dicas para cada um)
- Os principais desafios e como superá-los
- Estratégias práticas para aumentar suas chances de aprovação
O que é transferência internacional de graduação?
Transferir sua graduação significa aproveitar os créditos e disciplinas já cursados em uma universidade brasileira (ou estrangeira) e continuar o curso em outro país, recebendo o diploma internacional ao final. Ao contrário do intercâmbio acadêmico temporário, você não retorna ao Brasil para concluir a graduação: a formação é finalizada no exterior.
Esse caminho é mais comum do que parece em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Hungria, Coreia do Sul e até Japão. Em várias dessas nações, as universidades reservam vagas específicas para alunos transferidos (“transfer students”) e muitos editais de bolsa são voltados exclusivamente para quem segue essa rota.
Por que considerar transferir sua graduação?
Existem diversas motivações para quem pensa em transferir a graduação internacionalmente, como:
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Busca por ensino mais inovador, laboratórios modernos e contato com pesquisas de ponta
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Desejo de vivenciar outra cultura, aprender um novo idioma e construir networking global
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Vontade de acessar bolsas, estágios e programas de incentivo que ampliam horizontes profissionais
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Sonho de conquistar um diploma internacional mais valorizado pelo mercado
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Mudança de área ou insatisfação com a formação atual, sem ter que recomeçar do zero
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Interesse em se inserir em mercados de trabalho internacionais já durante a faculdade
O ponto mais importante: sim, existem bolsas para estudantes transferidos, seja por mérito, perfil socioeconômico, engajamento em projetos, talento esportivo ou áreas estratégicas.
Como funcionam as bolsas para transferência de graduação?
As bolsas para transferência internacional variam bastante conforme o país e a universidade, mas existem opções como:
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Bolsas por mérito acadêmico: para alunos com excelente desempenho no curso atual, histórico escolar acima da média e envolvimento em projetos de pesquisa, iniciação científica ou olimpíadas acadêmicas.
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Bolsas por perfil socioeconômico: para estudantes de baixa renda, com análise do contexto familiar e, em alguns casos, com possibilidade de cobrir integralmente os custos de estudo e vida.
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Bolsas por talentos ou áreas estratégicas: voltadas a quem se destaca em esportes, artes, liderança estudantil, voluntariado ou áreas de alta demanda como STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
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Auxílios complementares: bolsas parciais, descontos em moradia, alimentação, material didático e até programas de estágios remunerados.
Importante: muitos editais abrem inscrições para “transfer students” e têm critérios diferenciados. Universidades nos EUA, Canadá, Austrália e parte da Europa oferecem bolsas competitivas e, frequentemente, menos concorridas que as para “freshmen” (calouros).
Etapas do processo de transferência internacional
1. Pesquise e escolha o destino ideal
Antes de tudo, avalie em quais países e universidades é possível transferir seu curso. Cada instituição tem regras, prazos, áreas elegíveis e critérios próprios. Pesquise:
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Quais aceitam transferência para sua área
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Se existe limite de créditos (quanto menos avançado o curso, maior a chance de aproveitar disciplinas)
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Como funcionam as bolsas para transferidos e os requisitos específicos
Dica de especialista: priorize universidades com tradição em receber alunos internacionais e que tenham suporte ao estudante estrangeiro.
2. Prepare o seu histórico acadêmico
O aproveitamento de créditos é essencial. Reúna:
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Histórico universitário detalhado, com notas e cargas horárias
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Ementas (descrições) de todas as disciplinas cursadas, em português e, preferencialmente, já traduzidas para o idioma do destino (tradução juramentada)
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Certificados de atividades extracurriculares, iniciação científica, monitorias ou estágios realizados
Atenção: documentos completos e organizados aceleram o processo de análise e aumentam a credibilidade da candidatura.
3. Comprove a proficiência no idioma
A maioria das universidades exige certificados como TOEFL, IELTS, DELE (espanhol), DELF/DALF (francês) ou exames próprios. Não deixe para a última hora: comece a se preparar ainda no Brasil.
4. Prepare cartas de motivação e recomendação
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Carta de motivação: explique por que quer transferir sua graduação, como isso vai impactar seu futuro, o que espera da universidade e por que você é um bom candidato à bolsa.
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Cartas de recomendação: peça a professores, coordenadores ou supervisores que conhecem seu desempenho acadêmico e sua trajetória.
Esses documentos são decisivos nos processos seletivos internacionais e para concessão de bolsas.
5. Organize os demais documentos
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Passaporte válido
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Currículo acadêmico (CV)
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Comprovante de renda e eventuais formulários de bolsa
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Portfólio (para cursos de artes, design, arquitetura, etc.)
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Fotos e documentos pessoais exigidos pela universidade
6. Realize a inscrição online
Cada universidade possui seu próprio sistema de candidatura. Em alguns países (como Estados Unidos e Reino Unido), há plataformas centralizadas (Common App, UCAS) para simplificar o envio dos documentos.
Acompanhe o calendário: processos seletivos para transferência podem ser diferentes dos de calouros, com datas próprias. Fique atento a deadlines de bolsa, matrícula e envio de documentos.
7. Aguarde a análise e prepare-se para entrevistas
Em alguns casos, as universidades podem solicitar uma entrevista por vídeo ou telefone. Esteja preparado para responder sobre sua motivação, trajetória acadêmica, projetos e planos para o futuro.
Desafios e soluções no processo de transferência
Desafio: nem todas as disciplinas são reconhecidas 100% — pode ser necessário cursar matérias extras no novo país.
Solução: aceite a adaptação como parte do processo e foque no ganho global da experiência.
Desafio: adaptação ao novo idioma e cultura acadêmica.
Solução: envolva-se em grupos de apoio, tutoria, aulas de idiomas e eventos para internacionais.
Desafio: burocracia e excesso de documentos.
Solução: crie uma checklist desde o início, organize os arquivos digitais e físicos e mantenha contato frequente com o setor internacional da universidade.
O que ninguém fala sobre bolsas e transferência internacional
Poucos estudantes sabem, mas bolsas para transferência internacional muitas vezes são menos concorridas que as para ingresso direto, principalmente porque muita gente desiste pelo medo da burocracia ou falta de informação.
O segredo está em dedicação, planejamento e informação de qualidade: quem se antecipa, organiza os documentos e escreve cartas verdadeiras (e bem alinhadas ao edital) sai na frente.
Outro ponto: transferir-se pode ser também uma oportunidade para mudar de área, buscar cursos de excelência e, em muitos casos, garantir permissão de trabalho durante ou após a graduação — abrindo portas para carreiras globais.
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