O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT) japonês anunciou, no último mês, que pretende, até 2027, elevar o número de intercambistas no país e estudantes japoneses que estudam no exterior aos níveis anteriores à pandemia de covid-19 — cerca de 300.000 e 100.000, respectivamente.
De acordo com a pasta, o número de estudantes estrangeiros no Japão caiu mais de 20% nos últimos anos, passando de cerca de 312.000 no ano fiscal de 2019 para cerca de 242.000 em 2021. A proporção de estudantes estrangeiros que encontraram emprego no Japão também caiu: de 47,6%em 2019 para 39,9% em 2020.
O total de estudantes internacionais caiu drasticamente depois que o país asiático fechou suas fronteiras no início da pandemia de covid-19, não permitindo a entrada, inclusive, de estudantes estrangeiros que já tinham visto. Alguns desses intercambistas mudaram para universidades em outros países, como a Coreia do Sul, enquanto outros simplesmente desistiram do curso.
“Como os intercambistas não puderam entrar no Japão por um período de tempo, a porcentagem de (estudantes estrangeiros) que conseguiram um emprego no Japão também diminuiu, afetando significativamente a capacidade do país de garantir trabalhadores talentosos”, pontuou o MEXT em um relatório.
Envelhecimento da população é uma preocupação
O Ministério da Educação disse que é essencial para o Japão aceitar estudantes estrangeiros e incentivá-los a permanecer no país, a fim de revitalizar sua população envelhecida, que enfrenta um rápido declínio na taxa de natalidade.
A sociedade japonesa é a mais velha do mundo: 28,7% da população tem 65 anos ou mais, sendo as mulheres a maioria. O país também é dono do recorde de mais pessoas centenárias: ao todo, mais de 80 mil japoneses já passaram dos 100 anos. Em 2036, as pessoas com 65 anos ou mais representarão um terço da população do Japão.
Desde 2011, a população japonesa também vem diminuindo: é um caso raro de um país grande cuja população geral está se tornando menor em tempos de prosperidade e paz. A população do Japão deverá cair de 125 milhões em 2020 (dados mais recentes) para 88 milhões em 2065.
Dessa forma, esse movimento do MEXT é diferente do visto em países como a Austrália, a Nova Zelândia e o Canadá, que vêem os intercambistas mais como uma forma de movimentar a economia e/ou suprir a falta de mão de obra especializada.
Plano de ação
Para alcançar o seu objetivo, o ministério planeja revisar as regiões e áreas de estudo das quais busca intercambistas. Uma pesquisa com empresas japonesas, por exemplo, mostrou que faltam engenheiros especializados em engenharia mecânica, eletricidade, comunicações e redes, programação de hardware e software, e engenharia civil.
O MEXT também está planejando fortalecer a cooperação com representantes de universidades japonesas no exterior e reforçar as redes de ex-alunos para ajudar no recrutamento de novos estudantes.
Entre as ações, a pasta vai, ainda, expandir as oportunidades para os alunos e alunas melhorarem suas habilidades na língua japonesa e aumentar o apoio para aqueles que procurarem emprego após a formatura.
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