Quem quer fazer seu mestrado fora do Brasil, com certeza vai se deparar com alguns critérios de admissão que são muito importantes. Um deles é o GRE, sigla para Graduate Record Examination.
O GRE é um exame padronizado muito pedido para mestrados no exterior. Essa é uma prova que vai avaliar seus conhecimentos, assim como o SAT e o ACT avaliam para candidatos à graduação no exterior.
Além do GRE, pode ser que quem pesquisou sobre pós-graduação no exterior também tenha se deparado com outra sigla. Existe também o GMAT, que significa Graduate Management Admission Test. Esse é outro teste padrão que pode ser pedido como critério para admissão na pós-graduação.
A grande diferença entre eles é que o GMAT é voltado para os programas MBA, enquanto o GRE é destinado a mestrados e programas acadêmicos.
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Portanto, se você quer fazer o mestrado no exterior, preparamos esse artigo para tirar todas as suas dúvidas sobre o GRE. Você vai conhecer mais sobre a prova, sua estrutura e por que ela é importante.
O que é GRE?
O GRE (Graduate Records Examinations) é um teste que avalia as habilidades necessárias para um candidato a programas de pós-graduação no exterior.
Dentre os principais critérios que serão avaliados, estão: raciocínio quantitativo, pensamento crítico, redação analítica e desempenho verbal (que vai analisar a capacidade de lidar com conteúdo escrito).
Por isso mesmo, a prova é dividida em seções:
- Verbal Reasoning
Essa seção mede a capacidade do aplicante de analisar e tirar conclusões do discurso; estabelecer pensamento lógico a partir de dados incompletos; identificar as suposições ou perspectivas do autor; entender os significados como literal, figurativo ou intenção do autor. Além de selecionar pontos importantes, resumir e compreender a estrutura de um texto.
Portanto, nessa etapa da prova o aluno vai trabalhar bastante com a sua capacidade de interpretação de textos e tudo que for relacionado ao raciocínio verbal.
- Quantitative Reasoning
Essa é a parte da prova responsável por avaliar seus conhecimentos matemáticos. A orientação é que o candidato esteja preparado para entender, interpretar e analisar informações quantitativas, bem como resolver problemas usando modelos matemáticos.
Por isso, deverá aplicar os conceitos básicos de aritmética, álgebra, geometría e análise de dados.
- Analytical Writing
Nessa etapa do GRE, o estudante vai demonstrar suas capacidades de escrita e redação. O interessado deve ser capaz de articular ideias complexas de forma clara e eficaz, dar suporte ao seu ponto de vista com motivação e exemplos relevantes, além de manter uma discussão coerente e focada.
Além desses aspectos, será avaliado o domínio da língua inglesa. Por isso, é fundamental se atentar à gramática e demais normas do inglês. Também será preciso apresentar respostas para as tarefas apresentadas, dessa forma, demonstrando a habilidade de resolver problemas e lidar com demandas.
O GRE oferece um prazo para que o exame seja realizado. De forma geral, o aplicante costuma ter 60 minutos para realizar a parte de escrita analítica, com duas redações de 30 minutos cada.
Há ainda duas seções de raciocínio verbal de 30 minutos e duas seções de raciocínio quantitativo de 35 minutos. Por fim, o estudante realiza ainda um exame experimental de 30 a 35 minutos, que pode ser da área de matemática ou escrita.
O resultado do GRE varia de acordo com a seção da prova. De forma geral, os scores vão de 130 a 170 pontos para as seções de Verbal e Quantitative e de 0 a 6 para a seção de Writing.
(Andy Barbour/Pexels)
Outros critérios, além do GRE
O GRE é um exame aplicado pelo Educational Testing Service (ETS), que é a maior organização privada sem fins lucrativos de testes e avaliação educacional do mundo.
Atualmente, o GRE tem se tornado mais popular e costuma ser o mais exigido em programas de pós-graduação acadêmicos. No entanto, o número de escolas de negócios (MBA) que aceitam também o GRE tem aumentado consideravelmente.
Portanto, é fundamental ficar de olho nos critérios de admissão da universidade e do programa de pós do seu interesse. Isso porque o GRE é apenas um dos requisitos.
Além do teste padronizado, pode ser exigido que você cumpra outros itens básicos, como resultado do TOEFL (ou outro teste de inglês), currículo atualizado, passaporte e projeto de pesquisa.
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Onde realizar o GRE?
O GRE é oferecido na versão para computador e também em papel. São diversos centros de aplicação em todo mundo, inclusive no Brasil. Aqui, alguns dos centros de aplicação estão espalhados por Minas Gerais, São Paulo e Brasília, dentre outros.
No caso da prova online, a aplicação acontece todos os dias da semana, e costuma estar disponível 24 horas depois do registro do candidato. Essa versão costuma ter a duração de 3 horas e 45 minutos.
Para a prova em centros de aplicação locais, em papel, a duração é um pouco menor: 3 horas e 30 minutos. E o calendário de datas varia de acordo com a localização onde será realizada.
Além disso, é preciso se atentar: é possível fazer o GRE General ou ou GRE Subjects.
É que alguns programas de pós-graduação também exigem testes específicos do GRE e, nesses casos, será preciso fazer as provas destinadas a um conteúdo em especial.
As sete provas de disciplinas são destinadas a alunos com formação superior nas seguintes áreas: Bioquímica, Biologia Celular e Molecular; Biologia; Química; Literatura em inglês; Matemática; Física; e Psicologia.
Quanto ao custo total do teste, independente da versão geral ou específica, o valor do GRE é de US$ 205 para a maioria das regiões do mundo. Na cotação atual, isso corresponde a cerca de R$ 1.077,19.
Ambas as provas (digitais e físicas) são válidas por 5 anos.
Entretanto, vale lembrar que alguns programas podem pedir que o teste seja mais recente, de acordo com a demanda de cada universidade e departamento. Então, é fundamental conferir diretamente no edital de cada processo seletivo.
As inscrições para o GRE podem ser feitas pelo site do ETS e por lá mesmo, é possível verificar quais são os centros de aplicação mais próximos e as datas disponíveis.
Como ir bem no GRE?
Um bom resultado no GRE depende do programa de mestrado ou MBA que o interessado está se candidatando. Isso porque, no caso de programas mais competitivos, será necessário um resultado mais alto para uma aplicação expressiva.
E para ir bem na prova é necessário conhecer sua estrutura e o que é cobrado em cada seção. Também é importante ter em mente que, além da nota do GRE, outros pontos terão um peso significativo durante a aplicação.
Podem ser analisados outros critérios durante a aplicação para a pós-graduação no exterior, como notas durante a graduação, teste de proficiência em inglês, cartas de motivação e de recomendação, além do currículo vitae (CV). Cada departamento pode ter exigências diferentes, assim como tem autonomia para definir o peso de cada um deles.
E ainda alguns programas de bolsa para mestrado fora do Brasil podem exigir requisitos adicionais para bolsas de estudos. Então, caso a universidade ofereça bolsas de estudos, você deve avaliar se existe algum critério além dos básicos.
via Giphy
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