Depois de muitas discussões, no fim de janeiro aconteceu finalmente a oficialização da saída do Reino Unido da União Europeia. Ainda levará alguns meses para que as consequências dessa mudança sejam vistas na prática mas uma das principais diferenças será o fim da livre circulação de serviços, capitais, bens e pessoas entre os países que fazem parte do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) e o restante dos países europeus que seguem fazendo parte do acordo. Mas o que muda com o Brexit realmente?
O período de transição para essa saída termina em 31 de dezembro desse ano. Isso significa que, até lá, tudo segue funcionando normalmente. Mas a partir do ano que vem já não vai ser tão simples assim para os cidadãos europeus migrarem para a Terra da Rainha. E o mesmo também vale para os britânicos que quiserem viver, trabalhar ou estudar em países como Espanha, Alemanha, Portugal, França e Itália. Só que ainda não se sabe exatamente como irão funcionar as novas regras, que serão discutidas e definidas ao longo desse ano.
O que muda com o Brexit para os brasileiros?
Na prática, o que muda com o Brexit para nós aqui no Brasil? A resposta é NADA, pelo menos por agora. Essa livre circulação valia apenas para os países que fazem parte da União Europeia, além de Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein.
Antes do Brexit, o Reino Unido já não fazia parte do Espaço Schengen, que é um acordo feito entre os países da União Europeia que permite a livre circulação de turistas não-europeus (inclusive brasileiros) nesses territórios pelo período de 3 meses sem visto. Por lá, também não existe a obrigatoriedade de visto para turistas brasileiros. A diferença é que o tempo de permanência é maior: 6 meses. Ou seja, tudo permanecerá igual.
Já para quem quiser estudar ou trabalhar no país, as regras de imigração por enquanto também permanecerão as mesmas. E é importante lembrar que um visto de trabalho ou estudo no Reino Unido não vale e nem valerá para outros países. E mesmo entre as nações que fazem parte do Espaço Schengen, essa regra é a mesma. Por exemplo, quem consegue um visto de estudo ou trabalho na Espanha não pode utilizar o mesmo visto para estudar ou trabalhar na França.
E para quem tem cidadania europeia?
Para os brasileiros que têm passaporte de um algum país europeu tudo permanecerá igual até o final desse ano. Isso significa que, cidadãos brasileiros com nacionalidade europeia poderão transitar livremente (tanto para turismo, quanto estudo e trabalho), pelos países da União Europeia até dezembro. As regras que começarão a valer a partir de 2021 ainda não foram definidas.
Oferta de trabalho pode aumentar
Desde o anúncio do Brexit, o número de cidadãos de outros países da Europa residindo no Reino Unido não para de diminuir. E a tendência com a oficialização da saída e o fim do período de transição é que esse número caia ainda mais.
Outro ponto importante é que o número de empregos disponíveis no Reino Unido é bem elevado e isso mesmo com a mão de obra europeia que atualmente vive por lá. A medida que o número de europeus retornando para os seus países do origem for aumentando, o número de vagas no mercado de trabalho também crescerá. E quem sairá ganhando com isso são os cidadãos de outros países do mundo.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já disse que o número cada vez menor de imigrantes europeus na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, poderá favorecer a criação de regras facilitadoras para a imigração de trabalhadores de outros continentes.
Algumas das principais mudanças já anunciadas serão a criação de um sistema de pontos para migração semelhante ao australiano e a implementação de um novo visto especial para cientistas, com a intenção de atrair os melhores talentos do mundo.
Na prática, não haverá a criação de leis para facilitar a imigração de brasileiros ou nenhuma outra nacionalidade específica. Mas as vantagens que os demais imigrantes de outros países da União Europeia tinham poderá acabar quando as novas regras forem implementadas. E isso pode significar mais facilidade para encontrar trabalho ou pelo menos para concorrer pelas vagas de maneira mais equiparada.
Já para os estudantes, outra mudança anunciada que pode facilitar e muito a vida dos brasileiros que pretendem seguir por lá depois dos estudos é o aumento do prazo para procurar emprego após a finalização do curso. Esse prazo, que hoje é de apenas 4 meses, será aumentado para 2 anos.
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