A Sorbonne talvez seja uma das universidades mais conhecidas da França. Não é à toa: ela é considerada a terceira melhor do país tanto pelo QS World University Rankings quanto pelo Times Higher Education World University Rankings. Mas você sabia que ela é uma instituição relativamente nova e nem sempre teve esse nome? No texto de hoje, vamos contar um pouco sobre toda a história que levou à formação da Sorbonne e como ela se encontra atualmente. Vamos lá?
Por dentro da Sorbonne
História
A Sorbonne é, na realidade, um edifício histórico no Quartier Latin, em Paris. A Universidade La Sorbonne, por sua vez, foi fundada originalmente no século XII, exatamente nesse prédio, se tornando mais tarde uma parte e o centro físico da Universidade de Paris, a qual contava com diversos colégios e faculdades, como ocorre até hoje na Universidade de Oxford, por exemplo.
Em 1971, no entanto, seguindo as mudanças sociais reivindicadas pela população francesa em maio de 1968 e também por conta do seu grande número de alunos, a Universidade de Paris foi dividida em 13 instituições diferentes, sendo estas numeradas de 1 a 13. Várias dessas universidades mantiveram a palavra “Sorbonne” como parte de seu nome. A Paris III, por exemplo, se chamava Université de la Sorbonne Nouvelle.
A Sorbonne atual, que aparece próxima ao topo da maioria dos rankings de universidades francesas, surgiu há apenas três anos – em 2018. Ela nasceu da fusão de duas das instituições que formavam a antiga Universidade de Paris: a Université Paris-Sorbonne e a Université Pierre-et-Marie-Curie (ou Paris IV e VI, respectivamente). Sim, é um pouco confuso, não é?
(TEDizen/Flickr)
Atualidade
Atualmente, após a unificação entre a Paris IV e VI, a Sorbonne possui três subdivisões: a Faculdade de Letras; a Faculdade de Ciências e Engenharia, e a Faculdade de Medicina. Na primeira, estão concentrados os cursos mais voltados para as Ciências Humanas, como História, Filosofia, Música e Línguas.
Já na Faculdade de Ciências e Engenharia estão 125 laboratórios de pesquisa, entre eles o Institut Henri Poincaré, de Matemática; o LIP6, de Informática/Ciências da Computação; e o Laboratoire Kastler-Brossel, de Física Quântica (que é dividido com a Université PSL). Por último, a Faculdade de Medicina está dividida entre alguns hospitais universitários, como o Hôpital Pitié-Salpêtrière, o Hôpital Saint-Antoine e o Hôpital Armand Trousseau.
Números
A Sorbonne é uma universidade grande: hoje em dia estão matriculados por lá mais de 55 mil estudantes, sendo quase 10 mil deles intercambistas. Esses alunos e alunas são orientados por cerca de 6.400 docentes (espalhados por mais de 137 unidades de pesquisa dentro das 3 três faculdades) e 3.600 funcionários administrativos. Quase 10 mil alunos se formam a cada ano e cerca de mil títulos de doutorado são concedidos por lá anualmente.
A instituição conta com um orçamento anual de €656 milhões, ou mais de R$4 bilhões. Ela oferece, ao todo, 53 diplomas de graduação, incluindo 19 cursos bi-disciplinares e 33 mestrados, com mais de 30 especializações. Esses cursos são ministrados em 5 campi principais: Sorbonne, Jussieu (ou Pierre-et-Marie-Curie), Maison de la Recherche, Clignancourt et Malesherbes e Institut d'Art et d'Archéologie. Além deles, há ainda alguns centros menores espalhados por Paris e um campus em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Biblioteca inter-universitária da Sorbonne, dividida com outras ex-instituições da Universidade de Paris (Zantastik/Wikimedia Commons)
No campus Pierre-et-Marie-Curie, a Sorbonne abriga a sede do Centro Europeu de Recursos Biológicos Marinhos, que reúne 14 estações de biologia marinha em 9 países do continente. Entre essas estações, três fazem parte da Sorbonne: a Estação Biológica Roscoff, o Observatório Oceanológico Villefranche-sur-Mer e o Observatório Oceanológico Banyuls-sur-Mer.
Seis institutos de pesquisa multidisciplinar foram criados pela universidade para estudar os desafios sociais contemporâneos: o Instituto de Ciências da Computação e Dados (ISCSD), o Instituto Universitário de Engenharia da Saúde (IUIS), o Instituto de Transição Ambiental (ITE), o Heritage Institute, o Collegium Musicae, e o Sorbonne Centre for Artificial Intelligence (SCAI).
Ex-alunos notáveis:
- Artur Ávila (franco-brasileiro ganhador da Medalha Fields);
- Laurent Gbagbo (presidente da Costa do Marfim de 2000 a 2011);
- Xavier de Moulins (jornalista e apresentador de televisão francês);
- Dominique Strauss-Kahn (diretor do Fundo Monetário Internacional de 2007 a 2011);
- Alexander Stubb (primeiro-ministro da Finlândia entre 2014 e 2015).
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