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Universidade de Cambridge: saiba como estudar lá

Com certeza você já ouviu falar na Universidade de Cambridge, certo? Quando falamos de instituições de ensino prestigiadas, não tem como deixar de lado esta que é uma das duas principais universidades do Reino Unido. Nós reunimos algumas informações para você entender melhor por que ela é tão renomada e o que você precisa fazer para estudar nesta grande universidade.

Como surgiu a Universidade de Cambridge?

Fundada em 1209, a história de mais de 800 anos de Cambridge a torna a quarta universidade mais antiga do mundo. Além disso, ela é a segunda universidade mais antiga dos países de língua inglesa, atrás apenas de Oxford.

A história de Cambridge, inclusive, está muito associada à de Oxford. Isso porque, ainda na Idade Média, dois estudantes de Oxford foram condenados à morte pelas autoridades locais pelo assassinato de uma mulher. Porém, a condenação não consultou as autoridades eclesiásticas e, em protesto, a Universidade de Oxford suspendeu suas atividades.

Com isso, a maioria dos acadêmicos de lá se mudou para cidades como Paris, na França, e Cambridge, na Inglaterra. Depois que Oxford retomou com suas aulas, vários anos depois, diversos ex-alunos permaneceram em Cambridge. E dessa maneira formaram o núcleo da nova universidade.

Universidade de Cambridge

Apesar desse início em 1209, geralmente a fundação de Cambridge é atribuída ao ano de 1231. A divergência na data acontece porque foi apenas nesse ano que o rei Henrique III concedeu à universidade a autonomia do ensino. Esse atraso era bastante comum na época. Oxford, por exemplo, só recebeu esse mesmo direito em 1248, apesar de ter sido criada em 1096.

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O reconhecimento do rei foi muito importante para diminuir a exploração sofrida pela comunidade acadêmica. A cidade de Cambridge já existia há mais de 300 anos quando os primeiros estudantes e professores chegaram por lá. Naquela época, os alunos tinham entre 14 e 15 anos de idade e sua presença mudou muito a rotina da cidade, gerando atritos.

Por outro lado, os cidadãos de Cambridge cobravam taxas absurdas dos novos habitantes. Por isso, o rei colocou limites aos preços e protegeu os que ensinavam garantindo que apenas os que pagavam taxas para mestres reconhecidos podiam permanecer na cidade.

Nem por isso os conflitos terminaram. Na verdade, até o século XIX a relação entre a cidade e a Universidade de Cambridge foi marcada por atritos. Alguns efeitos desses confrontos permanecem. Como os comerciantes locais tentaram adulterar bebidas e alimentos vendidos para a comunidade acadêmica, a universidade recebeu poderes de licenciamento de policiamento que continuam valendo até hoje.

Quais os cursos da Universidade de Cambridge?

As intervenções na universidade também geraram uma melhor organização. No início não existiam professores convencionais. Os responsáveis pelo ensino eram chamados de mestres. Podia ser mestre quem havia feito o curso antes ou era reconhecido pelos seus pares, mas não havia muitas regras de registro disso.

Com o tempo, cada uma das áreas de estudo foi estabelecendo suas próprias regras, incluindo critérios para formatura e matrícula. É por isso que, hoje, a universidade é composta de faculdades autônomas. São 31 no total e cada uma é regida por seus próprios estatutos e regulamentos. No entanto, são parte integrante da composição da Universidade de Cambridge.

Isso quer dizer que as faculdades selecionam seus próprios alunos, mas eles estão sujeitos às regulamentações da universidade, sendo que a maioria admite estudantes de graduação e pós-graduação.

Acima das faculdades, se reúnem as escolas de Cambridge. São seis escolas, cada uma formando um agrupamento administrativo de faculdades e outras instituições. Elas são:

  • Artes e Humanidades;
  • Ciências Biológicas;
  • Medicina Clínica;
  • Humanidades e Ciências Sociais;
  • Ciências Físicas;
  • Tecnologia.

Essas escolas oferecem cursos de graduação em 65 campos de estudos diferentes. Essas disciplinas são divididas em 30 cursos em nível de graduação. A lista completa pode ser acessada aqui, mas entre as ofertas estão:

  • Arqueologia;
  • Arquitetura;
  • Ciências da Computação;
  • Direito;
  • Economia;
  • Educação;
  • Engenharia;
  • Engenharia Química;
  • Filosofia;
  • Geografia;
  • História;
  • Inglês;
  • Linguística;
  • Matemática;
  • Medicina;
  • Medicina Veterinária;
  • Música;
  • Teologia.

Segundo o QS World University Ranking by Subject, Cambridge tem os melhores cursos de Antropologia e Arqueologia do mundo. A grande maioria das disciplinas avaliadas ficou entre os 10 primeiros lugares. A única exceção é a de “Artes Performáticas” que ficou com a 14.ª posição, o pior desempenho da universidade.

Por que estudar em Cambridge?

Não há dúvidas de que a Universidade de Cambridge tem um ensino de excelência e muitas oportunidades acadêmicas para você aproveitar. Aqui nós organizamos alguns fatores que podem ser decisivos na hora de escolher estudar por lá.

1 - É uma das melhores do mundo

A Universidade de Cambridge é uma das mais importantes do mundo atualmente. No QS World University Rankings 2022, ela aparece em segundo lugar no Reino Unido e em terceira posição mundial, atrás apenas do MIT e de Oxford. Stanford ficou empatada em terceiro lugar com os mesmos 98,7 pontos em um máximo de 100.

No ranking elaborado pela THE a universidade também ficou entre as 10 melhores do mundo, ocupando o 6.º lugar no planeta e o segundo na Inglaterra. Apenas o ranking do The Guardian coloca Cambridge em terceiro lugar no Reino Unido. Ainda assim, a instituição está entre as que mais se destacam no mundo.

Tanta qualidade significa não apenas mais conhecimento, como também maiores chances de conseguir um emprego. Segundo a classificação da QS, a Universidade de Cambridge é a 8.ª melhor do mundo em termos de empregabilidade de seus ex-alunos e a reputação dela entre os empregadores é de 100 pontos.

2 - É um bom lugar para se viver

É verdade que as relações entre a comunidade acadêmica e local nem sempre foram muito amistosas, mas hoje a vida em Cambridge pode ser muito agradável para os estudantes.  A universidade ocupa uma localização central dentro da cidade.

A maior parte das faculdades mais antigas está situada nas proximidades do centro de Cambridge e do rio Cam. Ao longo dele, inclusive, é possível observar os prédios tradicionais da instituição. Para chegar até eles basta uma curta caminhada.

Os prédios históricos fazem com que Cambrige seja conhecida como uma das universidades mais bonitas do mundo. Mas, além das construções em estilo gótico, você também vai poder aproveitar outras formas de cultura, como os vários museus gratuitos.

E se você é daqueles que preferem fazer compras e comer bem, a Cambridge também é para você. Apesar de pequena, a cidade se desenvolveu (inicialmente) graças ao seu comércio. Hoje a cidade conta com o Grand Arcade, um shopping onde você encontra de tudo, incluindo ótimos cafés.

O-campus-da-Universidade-de-Cambridge-é-considerado-um-dos-mais-bonitos-do-mundo. 

3 - Tem infraestrutura de ponta

Cambridge pode até ter um visual que lembra os tempos medievais, mas a região é altamente tecnológica. Bem próximo à cidade fica uma área chamada de Sillicon Fen, onde estão os maiores centros de pesquisa e desenvolvimento do condado de Cambridgeshire.

Estima-se que o condado tenha mais pessoas trabalhando com pesquisa e desenvolvimento (R&D) do que em todo país de Gales. A própria Universidade de Cambridge também é referência em pesquisa, claro. A instituição recebeu nota máxima em reputação acadêmica.

As pesquisas da instituição são desenvolvidas pelas suas seis escolas de forma individual ou em conjunto. Um dos focos das pesquisas atuais é a interdisciplinaridade. Com isso, Cambridge tem os objetivos de aumentar a capacidade das pesquisas, ampliar a troca de conhecimentos, facilitar parcerias internacionais e aumentar o impacto dos estudos na sociedade.

4 - Tem pessoas de vários lugares do mundo

A Universidade de Cambridge tem um total de 24.450 estudantes, sendo 12.850 na graduação e 11.600 na pós-graduação. Esses números fazem com que a comunidade acadêmica represente uma proporção significativa (cerca de 20%) da população.

Mais de um terço desses estudantes (7.925) vieram de outros 147 países. Entre as nações que mais enviam alunos estão os Estados Unidos (936), Alemanha (711), China (609), Itália (396) e Índia (389). Atualmente, 32 alunos brasileiros também estão matriculados lá.

A grande maioria dos estudantes internacionais preferem fazer cursos de pós-graduação em Cambridge.  Eles correspondem a mais de 90% dos alunos dos Estados Unidos matriculados, por exemplo. A mesma porcentagem se repete entre os brasileiros. 

As taxas elevadas tanto de alunos quanto de professores que vieram de outros países garantiram a Cambridge pontuações próximas ao total nos quesitos de internacionalização do ranking de melhores universidades da QS.

5 - Tem tradições únicas

Além de ser conhecida mundialmente pela alta qualidade de seus cursos, a Universidade de Cambridge também é famosa por suas tradições inusitadas. Algumas delas já apareceram até mesmo em filmes.

Uma das mais populares é a Great Court Run. Ela consiste em percorrer os 370 metros ao redor da torre da Great Court na Trinity College (uma das faculdades mais famosas de Cambridge). O desafio é correr no sentido anti-horário e chegar no ponto determinado antes que o relógio marque 12 horas.

O problema é que tudo deve começar um minuto antes do meio-dia. Ou seja, tirando os 15 segundos de largada, os corredores têm em torno de 45 segundos para cumprir o objetivo. A tradição apareceu no filme Carruagens de Fogo de 1981.

Universidade-de-Cambridge

Como entrar na Universidade de Cambridge?

Se você quer fazer faculdade no Reino Unido, a primeira coisa que tem que saber é que os processos de aplicação podem variam um pouco de universidade para universidade, mas a grande maioria delas aceita aplicações pelo sistema único, chamado UCAS.

Em Cambridge, uma das principais diferenças do padrão é que as aplicações são feitas antes do prazo tradicional. Assim como acontece em Oxford, os alunos devem se inscrever em outubro, enquanto o prazo é em janeiro no restante das universidades. Para aplicar é preciso seguir os seguintes passos:

1 - Escolha um curso e uma faculdade

Antes de tentar entrar em Cambridge é muito importante escolher o curso que você deseja fazer. Dizer isso parece óbvio, já que o curso determina o que você vai estudar nos próximos anos e o que você vai fazer quando se formar. Mas, em Cambridge o curso também determina a sua preparação.

É que cada um dos 30 cursos de graduação disponíveis exigem critérios de qualificação diferentes. No caso dos brasileiros, o diploma de Ensino Médio não é suficiente para ingressar na universidade. Por esta razão, é preciso fazer as provas do A-level, ter um diploma do International Baccalaureate ou pelo menos cinco notas no Advanced Placement (AP).

As disciplinas exigidas nos A-levels variam conforme o curso escolhido, bem como as notas necessárias. Porém, na maioria das vezes é exigido pelo menos três notas A* ou A para conseguir uma vaga.

Algumas faculdades podem não exigir que você faça essas provas caso já tenha cursado os anos iniciais do curso em uma universidade internacional. Por isso também é importante escolher para qual faculdade você vai aplicar.

2 - Envie sua aplicação pelo UCAS

As pessoas que querem concorrer a uma vaga em Cambridge devem se inscrever no UCAS até o dia 15 de outubro. Lá é necessário seguir o procedimento padrão, então não tem mistério.

Depois de completar a sua aplicação no UCAS você tem que preencher um Formulário Suplementar de Aplicação (SAQ). Esse documento vai ser enviado para o seu e-mail e deve ser preenchido dentro do prazo.

Esse questionário contém perguntas que não são feitas na aplicação do UCAS. Elas servem para abastecer a base de dados da Universidade de Cambridge com informações que eles acham relevantes sobre os alunos internacionais.

3 - Faça uma avaliação escrita

Os alunos da Universidade de Cambridge tem que passar por uma avaliação escrita complementar. Ela pode ser feita antes da entrevista ou no mesmo dia, dependendo do curso. Existem ainda faculdades que pedem para que os candidatos enviem também exemplos de redações que eles já escreveram como uma espécie de portfólio.

4 - Compareça à entrevista

As pessoas com maiores chances de conquistar uma vaga em Cambridge são chamadas para fazer uma entrevista. Isso não quer dizer que a entrevista seja uma garantia de aprovação. Na verdade, cerca de 75% dos candidatos são chamados para entrevistas.

A universidade reforça que as entrevistas são utilizadas apenas para melhor avaliar sua aplicação. Porém, a escolha dos estudantes é baseada apenas em critérios acadêmicos, ou seja, nas suas habilidades e no potencial demonstrado anteriormente.

5 - Acompanhe a divulgação dos resultados

Todos os anos, quase 20 mil pessoas tentam conquistar uma vaga na Universidade de Cambridge. Esse valor é quase igual ao número total de estudantes da universidade. Isso quer dizer que muitos dos candidatos não são selecionados, já que são oferecidas apenas 3.500 vagas anuais.

Ao mesmo tempo, esse grande volume de candidaturas significa que leva um tempo considerável para avaliar as aplicações. Geralmente os resultados são divulgados em janeiro, ou seja, três meses após a inscrição.

Um alerta importante é que existem empresas privadas que tentam vender informações sobre o status da sua aplicação. Porém, todas as informações disponibilizadas por eles podem ser acessadas gratuitamente pelos estudantes através dos canais da própria universidade.

Quanto custa estudar em Cambridge?

No Reino Unido o governo estabelece um valor máximo que pode ser pago pelos estudantes britânicos, porém, essa regra não é válida para alunos internacionais. Na Universidade de Cambridge os valores cobrados para estudantes estrangeiros são muito superiores aos praticados para alunos nacionais.

Quanto custa fazer faculdade no exterior?

Assim como acontece nos Estados Unidos, os valores são pagos para a universidade anualmente e não mensalmente, como acontece no Brasil.  Os valores variam de acordo com o grupo em que seu curso se encaixa. Você pode conferir as taxas específicas na tabela:

Quanto custa estudar em Cambridge

Grupo de cursos

Anuidade da Universidade em libras

Grupo 1 - Anglo-saxão, Nórdico e Céltico; Arqueologia; Estudos da Ásia e do Oriente Médio; Clássicos; Economia; Educação; Inglês; História; História e Línguas Modernas; História e Política; História da Arte; Ciências Humanas, Sociais e Políticas; Economia da Terra; Direito; Linguística; Línguas Modernas e Medievais; Filosofia; Teologia, Religião e Filosofia da Religião

22.227

Grupo 2 - Matemática

24.789

Grupo 3 - Arquitetura; Geografia; Música

29.082

Grupo 4 - Engenharia Química; Ciência da Computação; Engenharia; Estudos Administrativos; Engenharia de Produção; Ciências Naturais; Ciências Psicológicas e Comportamentais

33.825

Grupo 5 - Medicina; Medicina Veterinária

58.038

Em Cambridge, além das taxas pagas à universidade é preciso pagar também uma tarifa às faculdades. Este dinheiro cobre serviços educacionais, domésticos e pastorais. Você pode conferir os valores cobrados para cada uma das 31 faculdades aqui, mas eles variam entre 9.300 e 10.470 libras anuais.

A Universidade estima também que os alunos devam separar ao menos 11.230 libras anuais para os gastos com os custos de vida em Cambridge.  Esse valor é uma aproximação e vai variar conforme seu estilo de consumo.

Como conseguir uma bolsa de estudos em Cambridge?

Nós comentamos antes que a maior parte dos alunos internacionais da Universidade de Cambridge optam por fazer cursos de pós-graduação. Essa realidade tem um motivo: existem poucas bolsas completas (full-ride) destinadas a alunos estrangeiros.

A grande maioria dos auxílios disponíveis são voltados para estudantes de pós-graduação. Uma das melhores opções para os pós-graduandos é a Gates Cambridge, que te ajuda a pagar até mesmo sua passagem aérea.

Já para os alunos de graduação o mais comum é encontrar auxílios parciais, ou seja, que cobrem apenas uma parcela das taxas que você deve pagar para a universidade. Em Cambridge essas opções geralmente estão disponíveis nos sites de cada faculdade e usam como critério a necessidade financeira.

Uma opção mais geral é o  Cambridge Commonwealth, European and International Trust. Esta é uma bolsa parcial que serve para estudantes de todos os níveis (graduação, mestrado e PhD).

Para se candidatar é preciso ter sido aprovado (mesmo que condicionalmente) e fazer sua inscrição específica para a bolsa no site. Os auxílios são concedidos com base em critérios acadêmicos e necessidade financeira. Geralmente os resultados são divulgados entre março e julho.

Quem se formou em Cambridge?

Cambridge não só é uma excelente universidade, como foi a casa de muitos alunos notáveis, incluindo matemáticos, cientistas, políticos, advogados, filósofos, escritores, atores, monarcas e outros chefes de Estado.

Até este ano, 121 ganhadores do Prêmio Nobel, 7 vencedores do Prêmio Turing e 47 chefes de estado foram filiados à Cambridge como alunos, ex-alunos, professores ou integrantes de equipe de pesquisa. Além disso, estudantes da instituição ganharam 194 medalhas olímpicas.

Charles Darwin - o naturalista e geólogo britânico é o responsável pela teoria da evolução biológica. Ele foi aluno da Christ's College da Universidade de Cambridge.

Isaac Newton - foi um matemático, físico e astrônomo. Newton foi responsável por formular as leis do movimento e da gravitação universal. Além de ter estudado em Cambridge, ele também lecionou na Trinity College, uma das mais famosas faculdades da instituição.

Stephen Hawking - está entre os gênios que passaram pela Universidade de Cambridge. Ele foi o responsável pelo teorema da singularidade gravitacional e ocupou a cadeira de Newton como professor da universidade.

Príncipe Charles - o filho da Rainha Elizabeth II é o primeiro herdeiro da família real britânica a conquistar um diploma universitário. Na verdade, ele tem três diplomas: em Antropologia, Arqueologia e História pela Universidade de Cambridge.

Rachel Weisz - a ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante de 2006 também consta entre as ex-alunas da universidade. A intérprete de Melina no filme Viúva Negra fez graduação em Inglês e, durante seu tempo em Cambridge, ajudou a fundar um grupo de teatro chamado Cambridge Talking Tongues.

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Este texto foi escrito por Lucas Almeida (2020) e Ana Resende Quadros (2021)

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Lucas Almeida
AUTOR

Mineiro, jornalista e mestrando em Comunicação. Entusiasta de idiomas, viagens e cibercultura. Tem o sonho de mudar o mundo, uma pauta de cada vez.

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