Para quem quer estudar fora e precisa de dinheiro para se manter no exterior, conciliar estudos e trabalho é fundamental. Isso porque, além de estudar nas melhores universidades do mundo, a possibilidade de receber em euro ou em dólar pode ser um grande incentivo.
Além da possibilidade de work on campus, alguns vistos estudantis permitem que os estudantes tenham trabalhos fora da universidade. Geralmente, os vistos limitam a quantidade de horas que o estudante pode trabalhar durante o semestre. Justamente para não atrapalhar os estudos.
Vamos conhecer mais sobre como conciliar trabalho e estudo nesse artigo! E se você quer se preparar para estudar ou trabalhar (ou ambos) fora do país, a Escola M60 está totalmente atualizada para te ajudar nesse processo.
Posso trabalhar com visto de estudante?
De forma geral, é sim possível conciliar trabalho e estudo no exterior. Alguns programas de intercâmbio permitem que o estudante trabalhe mesmo durante o período letivo, sendo que alguns autorizam a jornada reduzida e outros não estabelecem limitação de horas para o serviço.
Uma das modalidades, que, inclusive, já falamos aqui no blog, é o work on campus. Nesse tipo de trabalho, o estudante desempenha funções dentro dos campi das universidades e recebe por isso.
E outro tipo de trabalho para estudantes fora do Brasil é o work off campus. Nesse caso, o estudante vai trabalhar em instituições que não estão diretamente relacionadas com o campus da universidade. Ou seja, pode ser um estágio na sua área de estudo oferecido por uma empresa, um emprego de meio período ou até mesmo uma prestação de serviços freelancer.
Então, se o seu tipo de intercâmbio permite que você trabalhe fora do campus da universidade, esse é um trabalho off campus. Já o nome que o intercâmbio de estudo e trabalho recebe costuma ser work and study.
Dentre os países que permitem o intercâmbio de estudo e trabalho, estão Canadá e Austrália que autorizam que o aluno trabalhe (até fora da sua área) durante um determinado número de horas por semana.
Já nos Estados Unidos, por exemplo, durante o primeiro ano de estudo não é permitido trabalhar fora do campus da universidade. Já durante os demais anos da graduação, é possível trabalhar, desde que seja na sua área de estudos, através do Curricular Practical Training (CPT) ou do Optional Practical Training (OPT), que são práticas complementares à parte teórica.
Conheça mais a fundo sobre a possibilidade de trabalhar e estudar fora do Brasil.
(Chevanon Photography/Pexels)
Trabalhar e estudar na Austrália
O governo australiano permite que os estudantes intercambistas trabalhem por lá. O melhor é que, até julho de 2023, não há limitação nas horas trabalhadas.
É que, para suprir a demanda por mão de obra qualificada, o país da Oceania removeu as restrições e permitiu que os estudantes trabalhassem por mais de 40 horas semanais.
Desde janeiro de 2022, o país relaxou temporariamente as restrições de trabalho para portadores de visto de estudante, visando atender a uma escassez de mão de obra. Antes desse relaxamento, os estudantes internacionais tinham um limite de 40 horas quinzenais para trabalhar.
Além disso, o governo federal também anunciou que vai estender os direitos de trabalho pós-formatura para alunos e alunas internacionais de indústrias com escassez de habilidades
Todas as medidas foram anunciadas como uma forma de atrair novos intercambistas em um futuro próximo, com o objetivo de suprir a falta de mão de obra especializada no país e também de revitalizar o setor da educação internacional, que foi afetado devido à pandemia global de Covid-19.
Portanto, na Austrália é possível trabalhar e estudar ao mesmo tempo, sem limitações de horas trabalhadas (até julho de 2023). Depois dessa data, o governo australiano pode voltar a restringir o tempo de serviço, mas ainda assim o estudante será autorizado a conciliar trabalho e estudo.
Trabalhar e estudar no Canadá
Atualmente, o Canadá está entre os principais destinos mundiais de estudantes internacionais. Somente em 2021, recebeu mais de 620 mil estudantes internacionais, e o número triplicou nos últimos 20 anos.
Além da qualidade das universidades e centros educacionais, um dos pontos que chamam atenção dos estudantes são as possibilidades de conciliar trabalho e residência permanente.
Um estudo recente do Canadian Bureau for International Education (CBIE) mostrou que a maioria dos estudantes internacionais estão interessados em permanecer no Canadá como residentes ao concluir seus estudos.
Por lá, a partir do dia 15 de novembro de 2022 até 31 de dezembro de 2023, os estudantes internacionais que estiverem no Canadá poderão trabalhar mais de 20 horas por semana fora do campus, mesmo durante o período letivo.
Essa é uma medida temporária, até então válida até dezembro do ano que vem, que visa aliviar a escassez de mão de obra que está ocorrendo em todo o país. Porém, caso tenham um resultado positivo, a ideia é tornar permanente.
Todos os estudantes vão ser beneficiados por essa nova política desde que tenham a autorização de trabalho fora do campus, chamado de work off campus, em seu visto de estudante.
Até então, os estudantes internacionais que se inscreviam para estudar em um programa educacional canadense poderiam receber autorização para trabalhar fora do campus, com um estágio ou emprego de meio período, por exemplo.
Porém, durante o semestre, a carga horária de trabalho ficava limitada em até 20 horas por semana. A exceção acontecia apenas durante o período de férias de verão ou de inverno, quando esse limite já era ampliado.
O objetivo dessa política era permitir que os estudantes internacionais conseguissem se manter no país, sem prejudicar o tempo necessário para a sua formação educacional. Entretanto, com o cenário atual de quase um milhão de vagas de emprego ociosas, o governo canadense decidiu afrouxar as regras.
Dessa forma, no Canadá é possível também trabalhar e estudar durante o intercâmbio!
(Buro Millennial/Pexels)
Trabalhar e estudar nos EUA
Nos Estados Unidos, depois de receber o seu visto de estudante, do tipo F-1, você tem o direito de trabalhar no campus por no máximo 20 horas por semana durante o período de estudo e até 40 horas por semana durante o período de férias.
Portanto, nos EUA não é permitido aos estudantes trabalhar na modalidade off campus, ou seja, fora do âmbito da universidade. É que trabalhar no campus significa que o trabalho é feito para a instituição em que você estuda.
Porém, existe uma exceção: você poderá trabalhar fora do campus desde que solicite a permissão do Serviço de Imigração dos EUA. O estudante só pode pode fazer esse requerimento um ano após o início dos seus estudos e só se o trabalho for um Treinamento Prático Opcional (OPT), que é um serviço diretamente relacionado ao seu campo de estudo, ou um Treinamento Prático Curricular (CTP), que é um estágio.
Portanto, nos EUA é possível trabalhar e estudar, dentro das normas autorizadas pelo visto.
Trabalhar e estudar no Reino Unido
A possibilidade de trabalhar no Reino Unido enquanto estuda depende de dois critérios: se a universidade permite e também se o setor de imigração autoriza. É que algumas universidades podem ter algumas restrições que não permitam trabalhar sem a autorização estatal.
No Reino Unido, principalmente em grandes cidades como Londres, os estudantes internacionais podem encontrar, de forma fácil, um emprego de meio período. Algumas universidades podem permitir apenas que você trabalhe dentro do campus.
Geralmente, quem tem um visto Tier 4, o documento de estudante no Reino Unido, pode trabalhar, desde que tenha mais de 16 anos. Todas as condições e limitações estão impressas nesse visto, incluindo o número de horas que você pode trabalhar por semana durante o período letivo.
Ao receber a documentação da autorização de residência, haverá uma carta que fornecerá todas as informações, se você pode trabalhar ou não enquanto estuda.
A exceção para os intercambistas são os cidadãos da União Europeia, incluindo a Suíça, que não precisam de permissão para trabalhar no Reino Unido enquanto frequentam a universidade.
Diante disso, podemos concluir que estudantes brasileiros podem sim trabalhar enquanto estudam no Reino Unido.
Intercâmbio work and study
Quando se pensa em um intercâmbio para estudar e trabalhar ao mesmo tempo, você precisa conhecer o termo “work and study”. Esse é o nome que recebe o intercâmbio que vai permitir que o estudante também trabalhe durante o curso.
As normas de cada país podem variar bastante. Vimos acima as diferenças entre alguns destinos mais comuns para work and study: Austrália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. Porém, esses não são os únicos países que permitem ao estrangeiro conciliar trabalho e estudo.
Vale sempre conferir quais são as normas de cada país e se as regras não sofreram alterações nos últimos tempos. É que em alguns momentos, dependendo da necessidade de mão de obra, as normas podem ser afrouxadas ou mais restritas.
(Valeria Boltneva/Pexels)
Vale a pena estudar e trabalhar no exterior?
Com certeza, trabalhar e estudar fora pode ser uma excelente chance de crescimento pessoal e profissional. O trabalho no exterior pode colaborar para ajudar a se manter por lá, seja com gastos de vida e até mesmo nas anuidades da universidade para quem não têm bolsa total.
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